A paralisação
trabalhista promovida pelo Sindicato dos Estivadores na última
segunda-feira (18) causou prejuízos para os terminais. As empresas que integram a Sopesp (Câmara de Contêineres do Sindicato dos Operadores
Portuários do Estado de São Paulo) calculam os prejuízos, entre eles
depredações durante os atos.
No último fim de semana, a
estiva cruzou os braços e realizou uma passeata pela Margem Direita do
cais santista. Eles reivindicam reajuste salarial (reposição
inflacionária de 11,87%, além do aumento real de 10%) e também
questionam a eventual contratação de mão de obra estrangeira.
A Sopesp informou, por meio de nota, que a interrupção dos trabalhos ocasionou
“sérios prejuízos”. A entidade também disse que os estivadores estão
desrespeitando as decisões judiciais estabelecidas pelo TST (Tribunal
Superior do Trabalho), que também definiu novo percentual de
distribuição nas operações. Desde 1º de julho, as empresas passaram a
operar com 66,66% de profissionais vinculados e 33,33% de avulsos.
“As
empresas sofreram invasões e depredações, inclusive com lançamento de
rojões direcionados para os seus equipamentos, colocando em risco os
trabalhadores que livremente tentavam trabalhar”, acusou a Sopesp na
nota.
O
presidente do Sindestiva, Rodnei Oliveira da Silva, negou todas as
acusações e garantiu que a categoria fez um protesto pacífico com o
objetivo de chamar a atenção sobre as reivindicações da categoria. “Mais
uma vez eles mentem para jogar a sociedade contra nós. Foram eles que
feriram a lei. Eles depredaram a gente”, denunciou.
A associação esclareceu que as empresas da câmara de contêineres não contratam mão de
obra estrangeira. No entanto, quando há algum problema operacional,
elas notificam os armadores, que não têm como realizar os
serviços nos contêineres e os armadores e comandantes dos navios
realizam tais serviços com sua própria tripulação.
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