O Ranking Mundial de Logística do Banco Mundial desse ano apontou que o Brasil subiu 10 posições em relação à edição 2014, passando de 65º para 55º. O resultado, contudo, não foi suficiente para o país retomar o patamar que atingiu
em 2010, quando ficou na 41ª posição.
O levantamento mostrou a
Alemanha em primeiro lugar, seguida por outros países desenvolvidos,
como Luxemburgo, em segundo, e Suécia em terceiro. Apesar da melhora, o
Brasil permaneceu atrás de outros emergentes, como a Índia (35º) e China
(27º), e países vizinhos, como Chile (46º) e Panamá (40º). A pesquisa é feita a cada dois anos e leva em conta seis fatores:
infraestrutura das estradas e portos, procedimentos alfandegários,
prazos de entrega e eficiência de rastreamentos.
O setor que ainda
pede soluções, segundo Rodrigo Reis, sócio da Reis Office, empresa que atua no mercado de impressão e de
serviços de outsourcing e gerenciamento eletrônico de documentos, é o de tecnologias e pesquisas
direcionadas à áre, que ajudam a perceber e solucionar gargalos que mantém
país fora dos 50 mais desenvolvidos logisticamente no mundo.
“Trazer
soluções tecnológicas que facilitem os processos logísticos faz parte do
objetivo. Apostamos nessa linha de atuação a fim de ajudar nossos
clientes a economizarem tempo e, em médio prazo, o dinheiro investido",
afirmou ele.
O e-commerce nacional, que depende 100% de uma logística
eficiente, também se move a fim de rastrear causas - e possíveis
soluções - para que o país consiga se desenvolver nesse sentido. A cada
dois anos, a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico)
realiza e divulga sua Pesquisa Logística no E-Commerce Brasileiro, onde
compila observações e análises.
Entre os dados da última edição,
destacam-se a diminuição do uso de frotas próprias e do serviço dos
Correios, além do aumento do uso de transportadoras privadas.
Entretanto, na contramão do avanço tecnológico, o prazo médio de entrega
de mercadorias adquiridas pela Internet aumento, em média, 35% nas
principais capitais brasileiras.
"A logística é o grande gargalo
no e-commerce brasileiro atualmente: os custos operacionais, a falta de
mão de obra e infraestrutura precária contribuem para que tenhamos o
baixo nível de serviço e preços caros. Há uma grande quantidade de lojas
virtuais tentando se livrar da dependência dos correios, mas ainda o
monopólio do estado não permite que empresas privadas sejam
competitivas", destacou Maurício Salvador, presidente da ABComm.
Uma
das principais conclusões do relatório divulgado pelo Banco Mundial é
que enquanto a logística dos países emergentes teve melhora, o progresso
nas economias mais pobres se desacelerou pela primeira vez desde 2007.
Nas três últimas posições do ranking estão Síria, Somália e Haiti.
No
caso do Brasil, o item com melhor avaliação é sobre o "rastreamento",
que mede o monitoramento de cargas, no qual o país ficou em 45º lugar.
Já a pior posição, 72º, ficou na categoria "entregas internacionais",
que mede, por exemplo, a competitividade do país nos preços das entregas
pelo mundo.
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