O projeto de expansão do Canal do Panamá, uma das maiores obras de engenharia do século 21, contou com significativa participação gaúcha. A ThyssenKrupp, de Guaíba, contribuiu para as obras fornecendo elevadores
robustos e à prova d’água que descem a uma profundidade de aproximadamente 50
metros abaixo do nível do mar. A instalação dos equipamentos, sofisticados, exigiu a implantação de um
sistema à prova de explosão para garantir operações
ininterruptas, independentemente das condições meteorológicas
A ampliação do Canal do Panamá foi finalizada em junho deste ano. A passagem artificial, agora redesenhada, foi criada há pouco mais de cem anos e é uma rota estratégica para a navegação global, conectando os
oceanos Atlântico e Pacífico. A duplicação da capacidade decorreu da necessidade de expandir a capacidade, aprofundando o calado e aumentando a largura, permitindo a passagem de navios três vezes maiores do
que antes, os chamados New Panamax.
A thyssenkrupp forneceu 14
elevadores inovadores para este projeto, sete para cada novo complexo de
bloqueio: um no lado do Atlântico e outro no Pacífico. O tráfego através dos
bloqueios é monitorado a partir de duas torres de controle, que podem ser
acessadas por meio de dois elevadores. Os outros elevadores foram instalados em
vários pontos ao longo das fechaduras.
“Os elevadores descem a uma profundidade
de cerca de 50 metros e estão conectados por túneis conhecidos como
"crossunders", que funcionam sob as câmaras de bloqueio, que possuem
milhões de litros de água”, explicou Peter Bjorn, vice-presidente de Obras Novas e
Modernização da área de negócios Elevator Technology, da thyssenkrupp para a
América Latina.
A thyssenkrupp auxilia grandes
projetos de infraestrutura em todo o mundo com soluções inteligentes que
atendem aos requisitos de urbanização. "Queremos enfrentar os desafios de
mobilidade em ambientes complexos junto com os nossos clientes", disse
Andreas Schierenbeck, CEO da thyssenkrupp Elevator. "É essencial para
reduzir o consumo de energia e de recursos ambientais encontrarmos novas
soluções e criar meios para o transporte global que economizem tempo e
recursos", destacou.
O plano de expansão do canal
compreendeu a criação de um novo conjunto de eclusas paralelamente às já
existentes, que podem ser operadas ao mesmo tempo. A construção de dois novos
complexos de bloqueio do Atlântico e do Pacífico, cada um com aproximadamente
1.200 metros de comprimento, foi essencial para o sucesso do projeto.
A complexidade do projeto exigiu
das equipes da thyssenkrupp um alto nível de detalhamento técnico. Por exemplo,
todos os componentes do elevador são à prova de explosão para garantir a máxima
disponibilidade, mesmo sob as mais rigorosas condições climáticas. No Panamá, a
construção do canal é a primeira a ser equipada com esse recurso de segurança.
Como o prazo de instalação era
exíguo, cinco meses, e os desafios do projeto enormes, a thyssenkrupp disponibilizou 24
profissionais para a instalação dos elevadores. “A conclusão deste projeto, que
muito nos orgulha, demonstra o alto nível de proficiência das equipes
thyssenkrupp, trabalhando em projetos marcantes em todo o mundo”, comemorou Peter
Bjorn.
Foram necessários seis anos de pesquisa, para a expansão do Canal do
Panamá, incluindo mais de 100 estudos
sobre a viabilidade econômica, bem como detalhes sobre a demanda do mercado,
impacto ambiental e outros aspectos técnicos de engenharia. A construção começou em 2007 e custou US$ 5,4 bilhões. A duplicação da capacidade do canal terá impacto
significativo na economia e no comércio marítimo internacional, avaliam especialistas do trade global.
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