A consultora Drewry calcula que ao longo de 2016 deverão ser mandados para desmantelamento uns 150 navios porta-contêineres, com capacidade total de cerca de 450 mil teus, um recorde histórico negativo desde o surgimento das caixas de aço no transporte global há pouco mais de meio século. O volume mais do que dobrará este ano na comparação com o ano passado. Mesmo assim, não será suficiente para reduzir o excesso de oferta no mercado.
Segundo a consultora, o número será pouco mais do que "uma gota no oceano" face ao crescimento da frota acumulado desde 2010. Esse crescimento exponencial emergiu como um dominó, resultando num excesso de oferta de capacidade e agravada pela fraqueza da procura, que provocou a deterioração dos fretes.
E são precisamente as dificuldades do mercado que também estão a alimentar o aumento do desmantelamento de navios. Em média, sublinha a Drewry, um navio porta-contêineres tem uma vida útil (na realidade, várias “vidas”) de 25 anos, mas atualmente são cada vez mais frequentes os abates de navios com 15 anos, ou até menos.
A conclusão da empresa consultora é de que se os operadores quiserem mesmo equilibrar a oferta e a procura de capacidade, o caminho será mesmo pararem de encomendar navios. A Drewry é especializada no segmento de navegação de longo curso.
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