O Governo de Israel, a fim de evitar congestionamento no tráfego de caminhões acessando os
terminais, inaugurou o programa “Good Night”. A proposta consiste
em evitar os horários de pico para fazer as entregas e retiradas, um
dos maiores desafios dos terminais no mundo todo. A distribuição das
chegadas é facilitada pelo aumento de horas de funcionamento na
retroárea, em uma iniciativa coordenada pelo Ministério de Transportes
do país.
As autoridades israelenses estão oferecendo uma série de incentivos a importadores e exportadores visando a agilizar as operações portuárias. Entre eles, a redução de taxas para os usuários que escolhem o horário noturno para o fluxo de mercadorias
nos portos.
A publicação acadêmica "Maritime Business
Review" estudou o comportamento mercado com a troca do movimento do dia
para a noite, e analisou a reação dos clientes em relação ao serviço
noturno. A conclusão, no entanto, que os incentivos são limitados, e que
o método de ainda não ganhou eficácia, pois não chegou a motivar os
clientes a agir e criar soluções inovadoras para suprimir os obstáculos
das operações.
No Brasil, a experiência do Porto 24 horas ainda
não encontrou saídas muito eficientes. A queixa é que que os procedimentos
junto aos órgãos reguladores são muito dependentes de horário comercial e
muitas entidades precisam ser envolvidas e sensibilizadas quanto à
vantagem da iniciativa.
Durante reunião do Comus, realizada no fim do ano
passado na Associação Comercial, o secretário executivo da Abtra, Mateus
Müler, afirmou que “O Porto 24 horas não fez bem ao sistema”. Segundo ele, houve perdas importantes de pessoal, na urgência de se
cumprir turnos, além de desencaixe de horários de funcionamento dos
prestadores de serviço, terminais e autoridades reguladoras.
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