Mesmo com crescimento de 2 pontos em relação a setembro, a Sondagem
Industrial do RS apontou que a produção do setor (44,3 pontos) ficou
negativa em outubro. Desde 2010, início da série mensal da pesquisa, foi a primeira vez
que o índice fica abaixo de 50 pontos em outubro.
“Nem a tradicional
sazonalidade positiva por conta das encomendas para o final de ano foi
suficiente para neutralizar a conjuntura extremamente difícil enfrentada
pelas empresas. Ocorreu apenas uma diminuição no ritmo da queda”,
afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul
(Fiergs), Heitor José Müller.
A indústria gaúcha utilizou apenas 66% de sua capacidade instalada
(UCI) em outubro, o mesmo patamar de setembro. E ficou mais distante da
utilização usual para mês (33,9 pontos). Os estoques, com 52,4 pontos,
se aproximaram um pouco do planejado pelas empresas, ainda que o valor
configure excesso. O emprego, com 43,1 pontos, caiu com menor
intensidade.
Já as expectativas para a demanda recuaram de 43,0 para 42,1 pontos
entre outubro e novembro, o menor valor apurado, indicando
desaceleração nos próximos seis meses. Os empresários continuam
projetando redução nas compras de matérias-primas (40,3 pontos) e no
emprego (40,9 pontos).
O índice de exportação também retraiu, de 56,1 para 53,6 pontos,
mas permaneceu no campo otimista. A intenção de investimento, após
atingir o menor patamar da série em outubro (38,4 pontos), registrou
crescimento em novembro (39,6 pontos), embora se mantenha baixa.
Desenvolvida mensalmente pela Fiergs, a Sondagem Industrial RS
varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem
acima de 50 pontos significa maior otimismo e abaixo indica pessimismo.
Apenas a variável de estoques em comparação ao planejado é avaliada como
negativa acima dos 50 pontos. No caso da intenção de investir, quanto
maior o índice, maior a propensão da indústria.
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