O diretor Comercial da Localfrio, Eduardo
Razuck, afirmou que "o país tem grande potencial para o transporte de cargas, todos já sabem, mas para que os entraves sejam menores é essencial o incentivo à cabotagem." Segundo ele, algumas barreiras ainda impedem o modal de se
desenvolver ainda mais. "As barreiras fiscais e entraves políticos são os
maiores problemas enfrentados hoje na Cabotagem no Brasil. Precisamos
gerar competitividade através da diminuição da carga tributária, além de
destravar algumas questões de cunho político, para que possibilite
maior investimento de empresas nesse setor”, criticou.
Privilegiado por sua posição geográfica, o Brasil dispõe de mais de
8.000 km de costa navegável. Isso representa um grande potencial para o
avanço dessa categoria, que ainda representa pouco mais de 10% da matriz
de transporte do país. Com 7% de participação no market share da
empresa, a cabotagem traz diversos benefícios para a logística
integrada.
Como exemplo o executivo cita as ligadas ao nicho das cargas
de projeto. “As vantagens são várias, porque o usuário pode confiar que a
carga será cuidada da origem ao destino final com qualidade e
eficiência necessária. Além disso, quanto maior for a integração do
serviço menor será o número de players envolvidos e consequentemente
menor o tempo de administração dos processos internos e externos,”explicou.
Nos investimentos referentes ao modal, Razuck disse que foram
realizados investimentos em infraestrutura de terminal e transporte
durante 2014/2015. “Para os próximos anos, queremos ter o retorno dos
investimentos por meio de uma oferta de serviços de qualidade”, adiantou,
acrescentando que no faturamento a expectativa é fechar o ano similar ao
realizado em 2014.
Para 2016, destacou que o ano é uma caixa de surpresas, mas se mostra
muito positivo nas projeções. “Mesmo não tendo ainda uma real forma de
aferir o que vai acontecer, a alta do USD influencia diretamente nosso
negócio, assim como afeta a maioria do setor industrial e de consumo no
Brasil. Sem dúvida será um ano desafiador, talvez o maior da história,
mas como empresa acreditamos que podemos criar diferenciais competitivos
para passar por esse momento e retomar o crescimento esperado por nosso
CEO e acionistas”, acrescentou.
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