sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Governo quer aplicar recursos da renovação antecipada das concessões ferroviárias no Ferroanel de São Paulo

         O governo federal pretende usar a renovação antecipada das concessões de ferrovias, para tirar da gaveta o Ferroanel de São Paulo. Um dos projetos logísticos mais importantes do país, o empreendimento é crucial para remover os trens de carga da malha operada pela CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos).
         As negociações em andamento colocam a obra – que vem sendo adiada desde a década passada – como uma contrapartida à prorrogação do contrato da MRS Logística, que vence em 2026, por 30 anos. Essa é terceira tentativa, com modelos diferentes, de viabilizar o Ferroanel.
         A intensão, agora, é incluir o empreendimento como uma das principais obras negociadas com as atuais concessionárias de ferrovias, em troca da extensão de seus contratos. A abertura de tratativas para a renovação antecipada das concessões foi anunciada em junho, durante o lançamento da segunda etapa do PIL, porém sem detalhamentos.
         O tramo norte do Ferroanel, com 52 quilômetros de extensão, tem estimativas preliminares de investimentos acima de R$ 2 bilhões. Além do Ferroanel, dezenas de obras, como novos pátios e contornos de municípios, estão sendo negociados. O plano do governo é fazer um aditivo de 30 anos nas atuais concessões. Em troca, as empresas teriam que se comprometer com dois tipos de investimentos.
         O primeiro conjunto de investimentos envolve obras pactuadas com a União. O segundo grupo de intervenções seria necessário para atender às futuras metas de qualidade na prestação dos serviços que o governo pretende incluir nos contratos.

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