A Europa está crescendo e deverá ter um ano
razoável em 2017. Entretanto, nunca foi tão claro que o projeto europeu
e, em especial, o euro correm sério risco de vida. A avaliação é do economista José Roberto Mendonça de Barros.
Segundo ele, a emergência de um nacionalismo antiglobalização na
França, na Holanda, na Hungria e em outros países contesta o arranjo
europeu. Na mesma direção vão a negociação da saída do Reino Unido da
Comunidade Europeia e o novo governo da Polônia. O euro está mesmo mal e
por boas razões, econômicas, financeiras e geopolíticas, explica.
A mãe de todas as críticas, admite, é totalmente procedente:
apenas a Alemanha se beneficia mesmo dos acordos europeus. "Embora haja
algum exagero nessa afirmação, pois países como Espanha passaram por uma
grande transformação e hoje são desenvolvidos, é verdade que a Alemanha
abocanhou a maior parte dos benefícios resultantes dos novos acordos", destaca Barros.
De 1998 a 2016, o PIB per capita da Alemanha cresceu
26%, o da Espanha, 20%, o da França, 16% e o da Grécia, 3%, Mas a Itália
viu seu PIB per capita cair 2% no mesmo período, compara o economista.
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