segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

União Europeia corre risco de vida, adverte José Roberto Mendonça de Barros


        A Europa está crescendo e deverá ter um ano razoável em 2017. Entretanto, nunca foi tão claro que o projeto europeu e, em especial, o euro correm sério risco de vida. A avaliação é do economista José Roberto Mendonça de Barros.
        Segundo ele, a emergência de um nacionalismo antiglobalização na França, na Holanda, na Hungria e em outros países contesta o arranjo europeu. Na mesma direção vão a negociação da saída do Reino Unido da Comunidade Europeia e o novo governo da Polônia. O euro está mesmo mal e por boas razões, econômicas, financeiras e geopolíticas, explica.
        A mãe de todas as críticas, admite, é totalmente procedente: apenas a Alemanha se beneficia mesmo dos acordos europeus. "Embora haja algum exagero nessa afirmação, pois países como Espanha passaram por uma grande transformação e hoje são desenvolvidos, é verdade que a Alemanha abocanhou a maior parte dos benefícios resultantes dos novos acordos", destaca Barros.
        De 1998 a 2016, o PIB per capita da Alemanha cresceu 26%, o da Espanha, 20%, o da França, 16% e o da Grécia, 3%, Mas a Itália viu seu PIB per capita cair 2% no mesmo período, compara o economista.

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