terça-feira, 5 de dezembro de 2023

China ultrapassa o Brasil e se torna o maior exportador de veículos para os países da América do Sul


A China ultrapassou o Brasil no ano passado e tornou-se a maior exportadora de veículos para a América Latina. Em dez anos, a participação da China nas importações de veículos na região saltou de 4,6% para 21,2%. Enquanto a do Brasil caiu de 22,5% para 19%. Esses dados, da Penta-transaction e Comtrade (Nações Unidas) referem-se a 2022 e a julgar pelas sucessivas quedas nas exportações brasileiras nos últimos meses, dificilmente haverá reversão do quadro este ano.

Há pouco mais de um mês a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reduziu a previsão de queda nas vendas externas em 2023. Espera agora o embarque de 420 mil veículos este ano, incluindo automóveis, caminhões e ônibus. O volume representa uma retração de 12,7% na comparação com 2022 e, exceto por quedas maiores nos dois anos de pico da pandemia, volta ao que o país exportava em 2015. Equivale, ainda, a 58% do pico da venda externa de veículos, em 2005, quando 724,1 mil unidades seguiram para o exterior.

Os dados da Penta-transaction, sistema de consulta de estatísticas de comércio exterior, mostram, ainda, que a participação de Estados Unidos e Canadá (17,9%) ficou bem próxima da brasileira no volume de veículos importados por Argentina, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai. Mas esses dois países também perderam espaço para os chineses. Da mesma forma que Japão e Coréia do Sul, que, por outro lado, mesmo sendo países bem distantes, registraram fatia significativa (12,8%).

 

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