Após assumir a liderança nas exportações de soja para o mercado chinês, o Brasil também utrapassou os Estados Unidos nas vendas de milho para o gigante asiático, relataou a BRS Dry Bulk. A produção norte-americana está perto da expectativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e seus embarques da safra 2022-23 já atingiram 93% das projeções da agência, alcançando 38,29 milhões de toneladas de milho, das 41,28 milhões de toneladas previstas para a temporada que vai de julho a junho. Esse volume é 34% menor em comparação com o período correspondente da temporada 2021-22, o que abriu espaço para os produtores brasileliros.
A queda acentuada nas exportações foi liderada pela redução da procura por parte da China. No detalhe, no mesmo período, as exportações para o país asiático despencaram para 7,54 milhões de toneladas, ou seja, 45% menos ano a ano. O consumo do México não é suficiente O México, o principal parceiro comercial dos Estados Unidos, tem vindo a consumir a quota de mercado da China, mas não parece ser suficiente para compensar a menor procura do país asiático.
A participação de mercado do México aumentou de 28% há um ano para os atuais 37%, enquanto a China perdeu 4 pontos percentuais para chegar a 20%. No entanto, parece que as coisas serão ainda piores para o milho dos EUA no futuro. Até o México, o segundo maior importador de milho dos EUA,depois da China, está causando problemas aos agricultores dos EUA ao introduzir uma proibição à importação de milho geneticamente modificado, que representa a maior parte da produção dos EUA.
Enquanto isso, o Brasil continua a competir com os Estados Unidos no mercado de milho. Segundo a alfândega chinesa, o país asiático importou 1,68 milhões de toneladas de milho em julho e os Estados Unidos contribuíram apenas com 0,87 milhões de toneladas, representando quedas mensais e homólogas de 29% e 42%, respetivamente. Até 17 de agosto, a China havia importado 7,54 milhões de toneladas de milho dos EUA para a temporada, uma queda de 45% em relação ao ano anterior. Embora o comércio entre Brasil e China represente uma boa oportunidade para os graneleiros, especialmente os Panamax, em termos de volumes e toneladas/milha, a falta de demanda pelo milho norte-americano no mercado poderá afetar a demanda global por graneleiros no Atlântico Norte .
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