Aspen Shipping Decarbonization Initiative, DHL Global Forwarding, Hapag-Lloyd, Kuehne + Nagel, NORDEN, Oldendorff Carriers, ONE, Torvald Klaveness e Yara Clean Ammonia, players relevantes da indústria marítima pertencentes à coalizão Getting to Zero - plataforma de colaboração comprometida com a descarbonização total da indústria marítima até 2050. Eles emitiram uma declaração conjunta expressando seu compromisso de desenvolver e implementar sistemas robustos de “cadeia de custódia de reservas e reclamações” para acelerar as primeiras fases da descarbonização do transporte marítimo, conforme relatado pelo Maritime Forum Global, coincidindo com a conclusão do MEPC 80.
Um sistema de reservas e reivindicações de cadeia de custódia permitiria que o perfil de emissões de um combustível com emissão zero ou quase zero fosse separado do fluxo físico desse combustível em uma cadeia de suprimentos de transporte. Desta maneira. a ação antecipada é permitida, mesmo quando o fornecimento de combustíveis e navios com emissões zero ou quase zero é limitado, desmembrando a descarbonização do transporte físico da carga de uma organização.
Em um sistema de reserva e reivindicação, os benefícios ambientais de combustíveis com emissões zero e quase zero são rastreados e transferidos por toda a cadeia de valor marítima. Uma parte pode comprar, ou "reservar", uma quantidade especificada de combustível de emissão zero ou quase zero e então "reivindicar" os benefícios ambientais que ela oferece, mesmo que o combustível seja fisicamente usado por outro embarcador em um local diferente.
Ao desencadear uma demanda antecipada de transportadores e proprietários de carga, esses sistemas podem ajudar os armadores e fornecedores de combustível a desenvolver um caso de negócios para a descarbonização, mesmo quando as rotas preferenciais de combustível ainda estão sendo determinadas. A declaração conjunta estabelece ações que os signatários empreenderão para garantir o sucesso do sistema.
Estes são: Trabalhe em conjunto para concordar em usar regras claras e consistentes sempre que possível e manter os mais altos padrões de integridade ambiental, social e comercial. Apelar a atores não industriais, como o Greenhouse Gas Protocol e a iniciativa Science-Based Targets, para reconhecer as abordagens de reserva e reivindicação como reduções de emissões credíveis.
Para evitar conflitos entre as regras da Organização Marítima Internacional (IMO) e os sistemas de reservas e reclamações, os signatários argumentam que a IMO deveria adotar a contabilidade de gases de efeito estufa do ciclo de vida completo do combustível. A declaração pede à IMO, cujo Comitê de Proteção ao Meio Ambiente Marinho (MEPC 80) se reúne esta semana, que implemente a contabilidade "well to wake" em suas próprias medidas de política de descarbonização.
Além disso, os signatários se comprometem a trabalhar em estreita colaboração para enfrentar os desafios que precisam ser enfrentados para implementar efetivamente o sistema de reservas e reclamações. “Os sistemas de reservas e reclamações serão ferramentas essenciais para alcançar a descarbonização do transporte marítimo, mas ainda são pouco compreendidos e seu desenvolvimento corre o risco de se atolar em confusão e suspeita”, diz Jesse Fahnestock, gerente de projeto do Fórum Mundial Marítimo.
Ele acrescenta que “com esta declaração, algumas das empresas mais importantes do transporte marítimo internacional comprometem-se a tornar os sistemas de reservas e reclamações transparentes, bem alinhados e ambientalmente credíveis para os seus clientes e partes interessadas. E eles estão convocando outros atores-chave, como o Greenhouse Gas Protocol, para criar um caminho para a aceitação."
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