terça-feira, 4 de abril de 2023

Autoridades norte-americanas querem acabar com fim do monopólio das companhias de navegação

O Congresso dos Estados Unidos, durante a audiência do Subcomitê de Guarda Costeira e Navegação, debateu a substituição da imunidade antitruste que as companhias de navegação desfrutam há décadas. Os parlamentares também discutiram a possibilidade de exigir que as companhias marítimas movimentem mais exportações domésticas e, ao mesmo tempo, foi discutida a aplicação de taxas de detenção e demurrage aos exportadores dos EUA, informa a FreightWaves.

O debate ocorre depois que, na terceira semana de março, diversos membros da Câmara apresentaram o Ocean Shipping Antitrust Enforcement Act (Lei Antitruste do transporte marítimo) para "tratar de práticas desleais que prejudicam empresas, produtores e consumidores norte-americanos, juntamente com aumentos de taxas de contêineres e negações de reservas de carga para exportações dos EUA."

Tanto parlamentares quanto empresários se enfrentaram defendendo seus pontos de vista, onde os parlamentares defendem o fim de práticas que favorecem as empresas, enquanto os últimos buscam proteger os espaços jurídicos que lhes permitem operar livremente há décadas, aludindo a "perigos e consequências” quando as questões comerciais na indústria naval são politizadas.

Por sua vez, a American Cotton Shippers Association (ACSA) declarou que teve que enfrentar acusações injustas de detenção e sobreestadia por parte de companhias de navegação e portos. O Shipping Reform Act (OSRA), promulgado em junho passado, pretendia oferecer certas proteções aos exportadores dos EUA. A aplicação e a conformidade ainda estão sendo revisadas e alteradas pelo Congresso.

"Os membros [ACSA] querem movimentar cargas rapidamente. Queremos eliminar custos. Queremos segurança. Queremos escolha. Queremos um mercado aberto, na forma como adquirimos e usamos ativos para que possamos mover o mais rápido possível e reduzir o máximo possível para nossos clientes", disse a ACSA, uma organização sediada em Memphis que representa comerciantes de algodão em caroço nos Estados Unidos e no exterior.

"Ao mesmo tempo, incorremos em custos não orçados de US$ 1,3 bilhão durante esse período [na pandemia], nem todos foram paralisações ou atrasos, mas certamente alguns foram", acrescentam em suas declarações. "Além disso, A agricultura americana perdeu participação de mercado e enfrenta riscos de reputação, e simplesmente precisamos fazer um trabalho melhor de comunicação para que possamos operar juntos com mais eficiência”. A comissão também ouviu depoimentos do representante da Ports America, e do diretor executivo do Porto de Long Beach.

 

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