quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Tecon Santos deverá ter benefícios imediatos com a sua modernização e digitalização

A Santos Brasil destinará US$ 428 milhões para expandir a capacidade do Tecon Santos no porto do litoral paulista. O projeto visa aumentar a capacidade de movimentação de contêineres dos atuais 2,4 milhões de TEU para 3 milhões em 2026. Já foram investidos 214 milhões de dólares. O plano de expansão não inclui apenas melhorias de infraestrutura, mas também foco na adoção de tecnologias avançadas.

Segundo Ricardo Miranda, diretor de tecnologia da empresa, ferramentas como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, realidade aumentada, gêmeos digitais e análise de vídeo estão transformando as operações. Estas tecnologias são suportadas pela crescente utilização da infraestrutura cloud, que atualmente suporta 40% dos processos das empresas, com o objetivo de ultrapassar os 50% até 2025.

Entre as inovações destaca-se a operação remota de guindastes RTG (guindastes de pátio), oito dos quais já elétricos, e que também incluem sistemas avançados de segurança como câmeras, scanners a laser e sensores. Em 2031, espera-se que os guindastes a diesel sejam completamente substituídos por modelos elétricos, alinhando-se com as metas gerais de sustentabilidade.

Os investimentos em tecnologias mais sustentáveis ​​têm impacto direto na redução das emissões de gases de efeito estufa. Cada guindaste elétrico evita a emissão de 20 toneladas de CO2 por mês. Essas medidas estão alinhadas ao objetivo estratégico da Santos Brasil de atingir a neutralidade de carbono até 2040.

Está também prevista a implementação de estações de simulação para formação de operadores e a utilização de tecnologia 5G privada nas suas operações, procurando o equilíbrio entre a integração de tecnologia, maquinaria e recursos humanos. Além disso, a adoção de sistemas como ERP (Enterprise Resource Planning) e CRM (Customer Relationship Management) reforçam a eficiência operacional.

O retorno do investimento em inovação é esperado a curto e longo prazo. Por exemplo, a migração para redes definidas por software (SD-WAN) tem mostrado resultados financeiros nos últimos anos, enquanto as estações de simulação prometem benefícios mais imediatos. Estes investimentos incluem também estratégias de mitigação de riscos, como a cibersegurança, e destinam-se a reforçar a competitividade do porto face aos desafios logísticos e de infraestrutura, como as condições das estradas de acesso e a profundidade do canal.

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