segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

China mantém liderança no mercado da construção naval com 47% da produção mundial


A China permaneceu como o principal construtor naval do mundo em 2022, conquistando a maior fatia do mercado e fazendo avanços em modelos de navios de última geração. O país lidera a lista mundial entre os três principais indicadores, contribuindo com 47,3% da produção mundial, recebendo 55,2% das novas encomendas, segundo dados do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, informa a Xinhua.

Para os estaleiros chineses, 2022 marcou o 10º ano consecutivo em que detêm a maior participação nos mercados globais. De fato, seis empresas do país figuraram entre os 10 melhores construtores navais do planeta. No contexto da pandemia de Covid-19, a China consolidou ainda mais a sua posição como o maior construtor naval do mundo, aproveitando as oportunidades decorrentes da crescente procura de transporte marítimo, sobretudo de petróleo bruto e gás natural.

Três grandes grupos de construtores surgiram nas regiões ao redor do Delta do Rio Yangtze, na região de Bohai Rim e no Delta do Rio das Pérolas. "Agora, a indústria de construção naval entrou em um ciclo de recuperação, mostrando uma tendência ascendente constante", disse Cao Bo, pesquisador da Associação Nacional da Indústria de Construção Naval da China.

Com a maior participação de mercado nesta atividade, a China avança rapidamente para se estabelecer como um fabricante de qualidade. Registaram-se sólidos progressos, especialmente na produção de petroleiros de gás natural liquefeito (GNL), um navio de gama alta equipado com tanques concebidos para garantir que o gás se mantém no estado líquido, a -160 graus Celsius. As empresas chinesas receberam 55 pedidos de navios-tanque de GNL em 2022, representando mais de 30% do total mundial, um recorde para o país.

"Este é um avanço", disse Cao. As encomendas à Hudong-Zhonghua Shipbuilding (Group), subsidiária da China State Shipbuilding Corporation, maior empresa de construção naval do país, acumulam números elevados, com produção já prevista até 2028. A empresa pretende iniciar a construção de novos navios-tanque de GNL e já entregou quatro .

Além das embarcações de GNL, a China também fez progressos na produção de outras embarcações de ponta e equipamentos de engenharia naval. Em 2022, iniciou a construção de seu segundo grande navio de cruzeiro e entregou a primeira embarcação inteligente de aquicultura de 100.000 toneladas do mundo, além de grandes navios porta-contêineres com capacidade de 24.000 TEUs.

Além disso, a indústria de construção naval chinesa está pressionando por ajustes estruturais em seus produtos e avançando na fabricação de ponta, de acordo com Li Yanqing, secretário-geral da Associação Nacional da Indústria de Construção Naval da China.

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