O Porto de Santos deve chegar a 2060 com uma movimentação anual de
306 milhões de toneladas,um crescimento médio de 2,1% ao ano, em uma
estimativa otimista. Analisando de forma realista, o total será de 260,7
milhões de toneladas, com um índice de 1,7% ao ano. E em uma visão
pessimista da economia, 215 milhões de toneladas, com uma média de 1,2%
ao ano de aumento. Os números integram a versão preliminar do novo Plano
Mestre do Porto de Santos,obtida com exclusividade por A Tribuna e que
será apresentada pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) na
tarde desta quinta-feira (22), no auditório da Associação dos
Despachantes Aduaneiros, no Centro, em Santos.
Este novo Plano Mestre reúne projeções, até 2060, das operações do
complexo santista e identifica seus futuros gargalos logísticos, entre
outros dados. Essa pesquisa apontou, por exemplo, que as cargas
conteinerizadas devem ter o maior aumento de movimentação no período,
2,1% ao ano, ampliando sua participação dos atuais 35% para 40%. Já os
granéis sólidos vegetais devem passar de 42% do total movimentado pelo
Porto para 36%. Essa relativa redução é reflexo, principalmente, das
ferrovias que serão construídas no País e que facilitarão o escoamento
da produção agrícola das zonas produtoras do Centro-Oeste pelos portos
do Arco Norte.
O estudo ainda destaca a necessidade de investimentos nos acessos ao
cais santista.As situações mais críticas encontram-se no sistema viário
do complexo marítimo, que passa a apresentar gargalos a partir de 2020, e
nas rodovias que servem a região, especialmente a Manoel Hipólito Rego
(Piaçaguera-Guarujá), a Anchieta e a Domênico Rangoni,que devem ter um
fluxo de trânsito muito intenso a partir de 2025, e a Imigrantes e o
Trecho Sul do Rodoanel, que enfrentarão problemas a partir de 2045. A
malha ferroviária,que tende a quadruplicar o montante de cargas
movimentadas até 2060, só demandará investimentos em dois trechos
locais.
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