A diretoria da Antaq se reuniram com representantes de
associações de terminais para discutir a inspeção não invasiva
(escaneamento) de contêineres. Os diretores da Agência, Adalberto
Tokarski (geral) e Mário Povia, participaram da discussão. As equipes
técnica e jurídica da Antaq também estiveram presentes.
A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) encaminhou denúncia à
Antaq argumentando que o preço adicional cobrado pelos operadores dos
terminais portuários para o escaneamento de contêineres destinados à
exportação e à importação é ilegal. A entidade ressalta que a
fiscalização aduaneira é um serviço público e obrigatório e que deve
estar incluída no pacote de serviços pago pelos empresários aos
terminais.
O presidente da Associação Brasileira de Terminais de Contêineres de
Uso Público (Abratec), Sérgio Salomão (foto), rechaçou a argumentação da CNI.
“Os terminais tiveram de adquirir escâneres, contratar equipes
especializadas para atender as demandas do comércio exterior brasileiro.
Dizer que o preço do escaneamento está incluído no box rate (cesta de
serviços) é um delírio. Além disso, o escaneamento é um benefício de
quem exporta e importa”, destacou.
Salomão disse, ainda, que o escâner ocupa uma metragem quadrada do
terminal que poderia ser utilizada para armazenagem ou outra finalidade
operacional. “Nós investimos na aquisição de escâner, na operação, na
manutenção e na mão de obra. A área portuária é nobre, é cara, e o
escâner ocupa espaço”, pontuou o presidente da Abratec.
A superintendente de Regulação da Antaq, Flávia Takafashi, afirmou
que o processo sobre a cobrança pelo escaneamento de contêineres
encontra-se em análise na Superintendência de Regulação. A Diretoria da
Agência pretende deliberar em reunião ordinária em breve. “A Agência
realizou em fevereiro visitas técnicas aos terminais de Santos para
colher informações sobre o escaneamento de contêineres”, disse a
superintendente.
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