O empresário e dono do grupo J&F, Joesley Batista, disse nesta quinta-feira (15) em depoimento à Polícia Federal em São Paulo (SP) que não existe
relação da atuação de suas empresas com o Decreto dos Portos, assinado pelo presidente da República, Michel Temer, em maio de 2017. Batista
depôs pela primeira vez hoje no inquérito em que Temer é investigado
pelo suposto favorecimento ilegal da empresa Rodrimar por meio da edição
do decreto. Em troca, haveria o pagamento de propina. A defesa do
presidente nega as acusações e pede o arquivamento do inquérito.
“Na
realidade ele afirma o envolvimento geral em que ocorreram alguns
pagamentos, mas que não tem nada a ver com medida provisória para
beneficiar portos ou concessão de alguma empresa vinculada a JBS”, disse
o advogado de Batista, André Callegari. A abertura desse
inquérito foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís
Roberto Barroso, em setembro do ano passado, a pedido do então
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A partir de
interceptações telefônicas do ex-assessor especial da Presidência
Rodrigo Rocha Loures, Janot disse suspeitar do pagamento de vantagens
indevidas a Temer pela Rodrimar. A empresa opera concessões no Porto
de Santos e seria beneficiada pela publicação do decreto.
“Não
houve o pagamento e nem o beneficiava, em relação a Decreto de Portos, e
medida provisória. Ele negou taxativamente qualquer vinculação ou
pagamento ao presidente Michel Temer”, acrescentou o advogado.
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