A União Europeia está empreendendo reformas profundas para facilitar o
comércio global. Uma delas foi a implantação do novo Código Aduaneiro
que entrou em vigor no dia 1° de maio de 2016. Introduzindo o status de
Operador Econômico Autorizado, o objetivo da União Europeia é reforçar a
segurança na movimentação de mercadorias por toda a região.
Além disso,
o novo Código Aduaneiro tem outro alvo: a transição para declarações
100% eletrônicas sem o uso de papel. Mas esse método só tem previsão de
ser implantado até 2020. "Era necessário substituir uma legislação
processual e obsoleta, datada de 1992", comenta Ives Taelman, diretor de
atividades aduaneiras e fiscais na Gefco.
O novo
código da UE enfatiza a segurança da movimentação de mercadorias,
introduzindo o status de OEA (Operador Econômico Autorizado). Desde os
ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a segurança passou a ser a
principal preocupação para a Organização Mundial das Aduanas. Com
o novo Código Aduaneiro, a União Europeia tornou o status de OEA
necessário para expansão internacional.
Os portadores autorizados se
beneficiam de inúmeras condições que facilitam seus procedimentos de
direito aduaneiro ao mesmo tempo em que: possibilitam um desembaraço
mais rápido; reduz a garantia global cobrindo dívidas aduaneiras;
recebem notificação prévia de inspeção alfandegária sobre mercadorias e
escolhem um local para essas inspeções.
De acordo com
Taelman, para receber o status de OEA, novos critérios de certificação
reforçarão as exigências, entre elas o fato de que os agentes precisarão
demonstrar suas capacidades e experiência. “Em troca das vantagens
oferecidas por seu status, um OEA precisará fornecer informações mais
detalhadas a cada fase do processo de logística alfandegária. Isso
tornará possível melhorar o rastreamento das mercadorias,
particularmente, por modal aéreo ou marítimo”.
A segunda
mudança importante refere-se à introdução de declarações aduaneiras 100%
eletrônicas a partir de 31 de dezembro de 2020. "Alguns clientes já
querem se beneficiar das inovações do Código Aduaneiro da União
Europeia, mas isso é impossível no momento," explica Thomas Marin,
analista aduaneiro e fiscal na Gefco.
É que a
legislação que entrou em vigor no dia 1° de maio de 2016 ainda precisa
ser consagrada na legislação de cada país, o que está em andamento no
momento. De acordo com ele, o prazo final é 31 de dezembro de 2020. Até
essa data, a troca de informações e métodos de armazenamento deve ser
operacionalizada entre administrações aduaneiras, operadores e a
Comissão Europeia.
O objetivo da alfândega europeia é
facilitar a movimentação de mercadorias e, por sua vez, estimular o
crescimento em toda a União Europeia. Ao mesmo tempo, a alfândega
pretende melhorar o rastreamento de mercadorias. "A meta é que todos os
estados-membros compartilhem as mesmas informações por meio de um
sistema conectado e centralizado, permitindo a visibilidade completa em
tempo real de mercadorias entrando e saindo da Europa", disse Marin.
O
novo Código Aduaneiro da União Europeia representa uma inovação, dando
início a uma nova fase: a separação dos fluxos de declaração de
importação e exportação dos fluxos de mercadorias físicas até 2020. Até
agora, os procedimentos aduaneiros aconteciam no local de chegada da
mercadoria, exigindo que os agentes autorizados, cobrissem o máximo de
território possível para atender às necessidades dos clientes. "Com o
desembaraço e impostos centralizados, será possível encaminhar todos os
fluxos de documentos a um único posto alfandegário, que controlará as
declarações eletrônicas, independentemente do local geográfico da
mercadoria", finaliza o analista aduaneiro e fiscal na Gefco. (imagem do Porto de Rotterdam, Holanda, o mais importante da Europa)
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