O Porto de Suape vem se mantendo entre os mais movimentados do País graças à Refinaria
Abreu e Lima, a Petroquímica Suape e a Fábrica da Jeep, e ainda ajuda a ampliar a presença de Pernambuco no exterior. Prova disso é
que os granéis líquidos que chegam e saem da refinaria já constituem o
principal produto do ancoradouro e o trânsito de veículos mais que
dobrou ao longo de 2016 com a produção da Jeep.
“O crescimento desses empreendimentos nos impulsionou para outro
nível de operação. Basta ver que, em todo o ambiente negativo da
economia, Suape teve um crescimento de dois dígitos em 2016. Saímos de
19 milhões para 22 milhões de toneladas, um incremento de quase 15%. Em
relação ao volume movimentado, Suape saltou até uma posição no ranking
brasileiro, saindo do sexto para o quinto lugar”, confirma o presidente
interino do Porto de Suape, Paulo Coimbra, frisando que a Refinaria e a
Jeep têm um papel fundamental nesse salto.
Ele explica que, em 2016, o volume de petróleo processado na Rnest
subiu de 74 mil para 100 mil por dia. E todo esse material passa por
Suape, seja para exportação ou cabotagem para outros locais do Brasil.
“A saída interna ainda nos deixa na primeira posição da cabotagem no
País”, conta Coimbra, dizendo que o movimento de granéis líquidos
cresceu 21,6% no ano, alcançando 15,81 milhões de toneladas.
Já os veículos tiveram um salto ainda maior: 147%. Segundo Suape,
54,6 mil automóveis passaram pelo porto em 2016. Desses, 38,9 mil foram
exportados e 15,7 mil importados. E 72% desse movimento foi gerado pela
Fiat. A montadora levou 39 mil carros para o ancoradouro no ano passado e
14 mil deles saíram da fábrica da Jeep em Goiana para exportação. Foram
7,5 mil unidades do Toro e mais 6,5 mil do Renegade. “Desde o início da
operação da FCA aqui, começamos a experimentar uma nova logística. E em
2016 tivemos um crescimento considerável, tanto que o veículo hoje é o
ponto chave da nossa pauta de exportação”, lembra Coimbra.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o
porto pernambucano exportou 1,63 milhões de toneladas em 2016, bem mais
que as 917 mil toneladas registradas no ano anterior. E a expectativa é
elevar ainda mais este número em 2017, com o aumento da produção
automobilística e petroquímica. Coimbra garante, contudo, que Suape tem
estrutura para suprir esse movimento.
Apesar de não receber os produtos gerados nos novos polos industriais
do Estado, o Porto do Recife também registrou saldo positivo em 2016. O
ancoradouro, que exporta açúcar e importa insumos para a produção
agrícola e industrial, teve um incremento de 8% na sua movimentação no
ano passado e ganhou até um novo produto de exportação: o vergalhão de
ferro. Quase 100 mil toneladas de ferro provenientes da Gerdau foram
transportadas para outros países através do porto. Mas a expectativa
para 2017 está mesmo na recuperação do açúcar, seu principal item de
exportação.
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