O setor de carne bovina está apostando na abertura de mercados que
remunerem melhor os embarques para puxar uma retomada dos ganhos no ano
que vem. Um balanço realizado pela Abiec (Associação Brasileira das
Indústrias Exportadoras de Carnes) apontou o Canadá, México e Indonésia
como os compradores com negociações mais avançadas, seguidos por Japão,
Coreia do Sul e Taiwan.
De acordo com o presidente da
Associação, Antônio Jorge Camardelli, juntos, estes países têm potencial
para adicionar 180 mil toneladas nas vendas anuais do bovino
brasileiro, o que significaria ampliação de US$ 1 bilhão no faturamento.
"Com o passaporte americano, é facilitado o acesso a países com preço
médio mais interessante", estima o Camardelli, em referência à abertura
dos Estados Unidos para compra de carne bovina brasileira em 2016. O
status sanitário dos norte-americanos é muito rigoroso, uma vez presente
naquele mercado, o País mostra que atende a altos padrões de qualidade.
Caso
as expectativas se confirmem, haverá crescimento médio de 9% no
faturamento desse ano para US$ 6 bilhões. Vale lembrar que as previsões
iniciais de 2016 consistiam em uma elevação em torno de 25% para as
vendas externas, o que não aconteceu. As exportações brasileiras de
carne bovina in natura tiveram um incremento no último mês de 2016, se
comparado com novembro. Segundo dados divulgados pela SECEX (Secretaria
de Comércio Exterior), somente na categoria de carne in natura, o Brasil
exportou 87,2 mil toneladas, com faturamento de US$ 366 milhões, em
dezembro último.
Segundo a ABIEC (Associação Brasileira das
Indústrias Exportadoras de Carne), o aumento foi de 15% em volume e 9%
em faturamento, em relação ao resultado prévio do mês anterior (novembro
de 2016). O país que mais importou carne bovina in natura brasileira
foi a China com 15 mil toneladas. A China foi o principal destino da
carne bovina em dezembro. De acordo com a Abiec foram embarcadas ao país
15 mil toneladas. Seguidas por Hong Kong (13,7 mil), Irã (12,1 mil) e
Chile (8,2 mi
Entre
as carnes exportadas em 2016, só a suína obteve aumento de receita. O
mercado de frango cresceu quase 2%. O que não tem colaborado é o preço
médio obtido pelas carnes no mercado internacional. A FAO confirma,
indicando que em 2016 seus preços recuaram ao menor patamar dos últimos
oito anos. E o Brasil, um dos principais players do setor, acompanhou.
Ou influenciou.
Mais sensível no caso brasileiro foi a queda de
preço da carne suína: redução superior a 20% em relação a 2015. Já a
carne bovina sofreu redução próxima de 10%, enquanto a de frango – a
mais negociada internacionalmente e a mais exportada pelo Brasil – teve
seu preço médio reduzido em quase 6,5%.
Com
esses desempenhos, quem mais perdeu participação na pauta cambial das
carnes no exercício passado foi a carne bovina, cuja participação recuou
de cerca de 39% para pouco mais de 37%. Opostamente, o maior ganho foi o
da carne suína – de menos de 10% para mais de 11,5%.
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