terça-feira, 12 de março de 2024

Operação combate esquema ilícito de importação, adultereação e distribuião de azeite de oliva fraudado

Para coibir um esquema ilícito envolvendoaimportação, adulteração, embalagem, rotulagemecomercialização clandestina deazeite de oliva fraudado, foi deflagrada a Operação Getsêmani. A ação, que faz parte da 58ª Operação Ronda Agrodo Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária paraFronteiras Internacionais (Vigifronteira), realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ocorreu no município deSaquarema (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE) e Natal (RN), com a participação da PolíciaCivil do Estado do Rio de Janeiro(PC RJ) e da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PM SP).

Durante a operação, a fiscalização do Mapa identificou que as empresas alvo importavam azeite de olivade forma regular, adulteravam e multiplicavam o produto com a adição ilegal de óleo de soja em uma fábrica clandestina com condições de higiene precárias, para posterior distribuição em estabelecimentos varejistas do Rio de Janeiro e de outros estados.

No galpão onde funcionava a fábrica clandestina em Saquarema (RJ), foramencontrados 60.600 litros de azeite extravirgem e 37.500 litros de óleo de soja, que poderiam ser utilizados na produção de 196 mil garrafas deproduto fraudadoparavenda como azeite de oliva, por meio de distribuidoras e supermercados de todo o Brasil. Diversos rótulos de azeites de diferentes marcas também foram encontrados no galpão fiscalizado, alémde garrafas, tampas e equipamentos industriais utilizados para realização da fraude.

Já em São Paulo, no depósito contratado pelos infratores foram apreendidas 33.612 unidades de 500 ml de azeite suspeito; em Recife 8.853 garrafas de 500 ml do mesmo produto em um estabelecimento varejista e no seu depósito; e em Natal (RN) 102 garrafas destes azeites em um estabelecimento varejista. 

Ao todo, foram apreendidos 104.363 litros de produtos, além de rótulos, garrafas e tampas, resultando em um prejuízo estimado de aproximadamente R$ 8,1 milhões aos infratores. Além disso, foram realizadas duas prisões em flagrante e os responsáveis poderão responder pela prática doscrimescontra as relações de consumoe contra a saúde pública, em decorrênciada falsificaçãoeadulteração de produtosdestinados à alimentaçãohumana.

Também foram realizadas coletas de amostras que serão analisadas peloLaboratórioFederal de Defesa Agropecuária(LFDA)para avaliação do uso de substâncias proibidas, não autorizadas, nocivas à saúde humana e da adulteração fraudulenta dos produtos. O Mapa alertaa populaçãopara que denuncieas suspeitas quanto à legalidade desses produtospor meio do canal oficialFala.BR. As açõesde fiscalizaçãosão importantestanto para protegeros estabelecimentos registrados junto ao Mapa,daspráticas de concorrência desleal, mas principalmente paraproteger os consumidores brasileiros.

O nome da operação, que significa “prensa de azeite”, é uma alusão aojardim situado no Monte das Oliveiras,em Jerusalém, onde Jesus Cristofoi orar apóscelebrar a Páscoa com seus discípulos,na noite em que foi traído por Judas.

Aoperação foi realizada na proximidade da Semana Santa com o objetivo de impedir que grandes quantidades desses produtos irregulares sejam destinados ao consumo e coloquem em risco a saúde da população.

Participaram da Operação Getsêmani servidores dos Departamentos de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e de Serviços Técnicos da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, servidores do Centro Integrado de Operações de Fronteira da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, policiais da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Propriedade Imaterial e da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e policiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário