O crescimento de 3,1% da produção industrial brasileira no terceiro
trimestre do ano, frente ao mesmo trimestre de 2016, reflete avanço na
indústria de 13 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Os dados fazem parte da pesquisa
Industrial Mensal Produção Física – Regional divulgada hoje (7), no Rio
de Janeiro, pelo IBGE. Em bases trimestrais, a expansão do terceiro
trimestre do ano é a taxa positiva mais elevada desde o segundo
trimestre de 2013, quando atingiu 5,1%.
Com o avanço, a indústria
manteve o comportamento positivo registrado nos dois primeiros
trimestres do ano: janeiro, fevereiro e março (1,2%) e abril, maio e
junho (0,3%), todas as comparações contra igual período do ano anterior.
Os resultados interromperam onze trimestres consecutivos de taxas
negativas.
Do segundo para o terceiro trimestre do ano, a
indústria anotou resultados positivos em onze dos quinze locais
pesquisados, com destaque para Bahia (de -6,3% para 5,6%), Mato Grosso
(de -2,7% para 7,4%), São Paulo (de -0,2% para 5,4%), Paraná (de 1,9%
para 6,8%) e Goiás (de -1,4% para 3,5%). Jás principais perdas entre os
dois períodos foram registradas no Espírito Santo (de 5,0% para 0,2%) e
Rio Grande do Sul (de 2,0% para -1,4%).
Os
dados da pesquisa indicam que a produção industrial brasileira fechou
os três primeiros trimestre do ano (janeiro/setembro) com crescimento
acumulado de 1,6%, frente a igual período de 2016, com expansão em doze
dos quinze locais pesquisados, com destaque para os avanços mais
acentuados assinalados pelo Pará (9,8%) e Paraná (5,1%).
Santa
Catarina (3,6%), Espírito Santo (3%), Rio de Janeiro (2,8%), Amazonas
(2,5%), Goiás (2,4%), Mato Grosso (2,1%), São Paulo (2%), Ceará (1,6%),
Minas Gerais (1,6%) e Rio Grande do Sul (0,9%) completaram o conjunto de
locais com resultados positivos no fechamento dos nove meses do ano.
Nesses
estados, segundo o IBGE, o maior dinamismo foi influenciado por
fatores relacionados à expansão na fabricação de bens de capital (em
especial, os voltados para o setor de transportes, construção e
agrícola); de bens intermediários (minérios de ferro, petróleo,
celulose, siderurgia, açúcar e derivados da extração da soja); de bens
de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos da linha marrom); e
de bens de consumo semi e não duráveis (calçados, produtos têxteis e
vestuário).
A Bahia (-2,9%) apontou o recuo mais elevado no
índice acumulado no ano. A Região Nordeste, com queda de 0,9%, e
Pernambuco (-0,1%) também mostraram taxas negativas no indicador
acumulado de janeiro/setembro de 2017.
Na
passagem de agosto para setembro, série livre de ajustes sazonais, o
crescimento industrial ficou praticamente estável ao avançar 0,2%. A
alta reflete expansão em apenas 6 dos 14 locais pesquisados. Nesta
base de comparação, o avanço mais acentuado ocorreu no Rio de Janeiro:
8,7%, resultado que chega a ser 8,5 pontos percentuais superior à média
nacional -, intensificando o crescimento de 3,1% já assinalado em agosto
último.
Na mesma base de comparação, Goiás fechou com expansão
de 2,1%, Pará (2%), São Paulo (1,3%), Paraná e Santa Catarina (0,2%) e
também tiveram índices positivos em setembro de 2017.
Espírito
Santo (-3%), Pernambuco (-2,5%) e Região Nordeste (-2%) apontaram os
resultados negativos mais elevados em setembro, com o primeiro
devolvendo parte da expansão de 6,7% observada no mês anterior; o
segundo eliminando o avanço de 2,2% verificado em agosto; e o último
voltando a recuar após acumular ganho de 3,1% em julho e agosto. As
demais taxas negativas foram anotadas no Ceará (-1,1%), Amazonas
(-1,1%), Bahia (-1,1%), Rio Grande do Sul (-1,0%) e Minas Gerais
(-0,4%).
Nenhum comentário:
Postar um comentário