O Complexo Industrial e Portuário do Suape, em Pernambuco, completou, nesta terça-feira (07), 39 anos. O terminal-indústria
abriga mais de 100 empreendimentos instalados ou em fase de implantação, que
geram mais de 18 mil empregos diretos.
Outras indústrias e grandes projetos estão a caminho. O Aché
Laboratório Farmacêutico vai instalar a maior fábrica do grupo no
Complexo de Suape, com aporte de R$ 500 milhões, o maior anúncio de
investimento privado no Brasil no ano passado. Serão 500 empregos
diretos e 2,5 mil indiretos. O segundo terminal de contêineres (Tecon 2)
está bem próximo de tornar-se uma realidade, com previsão de
investimento da iniciativa privada da ordem de R$ 1 bilhão.
Com a conclusão do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e
Ambiental (EVTEA), o projeto agora aguarda os trâmites do governo
federal e deve estar no mercado no ano que vem.
Outros projetos devem ser concluídos em breve. É o caso dos parques
de tancagem da Pandenor e da Decal, que já receberam autorização para
ampliação através do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) do
governo federal, o que deverá aumentar de forma expressiva a
movimentação de graneis líquidos no Porto de Suape. O mesmo PPI também
contemplou a ampliação do Terminal de Açúcar da Agrovia, que passará a
movimentar outros grãos. Um investimento de R$ 40 milhões que trará
novas oportunidades de negócios.
Suape também já recebeu as propostas dos interessados em explorar o
truck center, pátio de caminhões com 500 vagas estáticas e
infraestrutura necessária para reduzir o tempo de descarregamento e
embarque das cargas provenientes dos terminais localizados no porto. Há,
ainda, uma série de outros projetos que devem sair do papel, como o
terminal de regaseificação, o arrendamento do pátio de veículos e o
terminal de minérios, que depende da conclusão da ferrovia
Transnordestina.
Em 2016, o porto fechou o ano com o recorde de 22,74 milhões de
toneladas de cargas movimentadas, crescendo quase 15% em relação ao ano
anterior. Essa taxa foi a maior entre os 10 maiores portos públicos do
país, o que alavancou Suape para a 5ª posição no ranking nacional de
movimentação de cargas. Este ano, os contêineres cresceram 22% no
período de janeiro a setembro, um dos maiores recordes já registrados
desde o início da operação do Tecon Suape em 2002.
“Seguimos aguardando a tão almejada devolução da nossa autonomia para
que possamos tocar, com a rapidez que o momento requer, os projetos que
ficaram estagnados desde a sanção da Lei dos Portos em 2013. Enquanto
isso, seguimos planejando o nosso futuro. É primordial que tenhamos a
estrutura pronta que, aliada à qualidade de nossa mão de obra, fruto de
maciços investimentos do governo Paulo Câmara em educação, nos permitirá
continuar a receber grandes empreendimentos”, ponderou o presidente de
Suape, Marcos Baptista.
Suape também cuida das pessoas e do meio ambiente. Mais de mil
hectares de mata atlântica, restinga e mangue estão em processo de
recuperação, dentro de sua Zona de Preservação Ecológica, que possui 59%
dos 13,5 mil hectares do território. O maior projeto habitacional em
construção no Estado está sendo erguido no Complexo. Mais de 2,6 mil
famílias serão beneficiadas com uma residência num local com
infraestrutura e próximo de serviços públicos, como posto de saúde,
transporte e escolas.
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