Representantes do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil
iniciaram, nesta terça-feira (28), uma série de reuniões e visitas
técnicas para atualizar o Plano Mestre do Complexo Industrial Portuário
de Suape. O documento é um instrumento de planejamento estratégico de
Estado voltado à unidade portuária e é parte integrante do Plano
Nacional de Logística Portuária (PNLP) do governo federal. O intuito é
direcionar as ações, melhorias e os investimentos de curto, médio e
longo prazo no porto e em seus acessos.
O grupo estará em Suape até a próxima sexta-feira (1º). A abertura da
agenda aconteceu na manhã desta terça, no Prédio da Autoridade
Portuária (PAP), com a presença do presidente Marcos Baptista e de
membros da diretoria.
Durante toda a semana, o grupo realizará entrevistas e percorrerá
algumas áreas específicas do complexo para verificar in loco, questões
como infraestrutura portuária, desempenho operacional, produtividade,
fluxo operacional, capacidade de cais e armazenagem, entre vários outros
itens. Nas visitas, também serão observados pontos como acessos
aquaviário, rodoviário e ferroviário dentro da área de Suape. Já nas
reuniões, serão debatidos temas como análise de mercado, projeção de
demanda, a relação porto-cidade, além de dados sobre gestão, finanças,
tarifas e arrendamentos.
O coordenador geral de Planejamento, Estudos e Logística Portuária da
Secretaria Nacional de Portos, Felipe Ozório, explicou que a
atualização do Plano Mestre é parte integrante do planejamento do setor
portuário nacional. “O Plano Mestre é o instrumento de planejamento
voltado à unidade portuária. A ideia é que vocês possam contribuir para
que todas as perspectivas sobre demanda, operações portuárias e outras
atividades desenvolvidas sejam atualizadas. Assim, poderemos ter um
diagnóstico mais preciso da situação atual do porto e das expectativas
da autoridade portuária sobre o futuro do atracadouro”.
O presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Marcos
Baptista, destacou que o porto possui boas perspectivas para os próximos
anos em relação ao crescimento da demanda e à diversificação de cargas.
“Temos perspectivas bastante positivas. A gente vem de um salto na
nossa movimentação portuária desde 2015 e 2016 por conta dos graneis
líquidos, com a instalação da refinaria. Isso trouxe um crescimento na
casa de dois dígitos, ampliando a participação desse tipo de carga no
nosso share. Isso nos leva também a pensar em novas formas de
diversificar nossas cargas. Temos a perspectiva de uma usina
termelétrica em Suape e tivemos um vigoroso aumento em nossa
movimentação de contêineres a partir do momento que a economia deu
sinais de recuperação após o período de crise”, salientou.
Após o período de visitas a Suape, o grupo irá elaborar uma versão
preliminar do Plano Mestre. Esse documento será disponibilizado no site
da Secretaria Nacional de Portos para questionamentos e contribuições.
Após todo esse processo, a versão definitiva será apresentada. A
perspectiva é que o Plano Mestre fique pronto em agosto de 2018.
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