O estudo que mede o comportamento dos principais movimentos
econômicos registrou nova alta em outubro, confirmando a tendência de
crescimento da economia brasileira. O Indicador Antecedente Composto da
Economia (Iace) para o Brasil subiu 0,6%, em outubro sobre setembro,
chegando aos 110,9 pontos. Dos oito componentes do Iace, seis ajudaram a
elevar a taxa. A maior participação partiu do Índice de Expectativas do
Setor de Serviços, que teve alta de 2,3%.
A medição, feita pelo
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV),
em parceria com o instituto de consultoria norte-americano The
Conference Board (TCB), avalia as mais importantes ações do mercado de
capitais, títulos públicos e pesquisas de sondagem da confiança de
empresários e consumidores. Já em relação ao Indicador
Coincidente Composto da Economia (ICCE) do Brasil, que analisa o momento
atual da economia, houve pequena queda de 0,1%, ficando em 99,5 pontos.
Essa foi a primeira redução desde março, mas ela não significa uma
mudança no processo de crescimento econômico, segundo avalia o
economista Paulo Picchetti, responsável pela pesquisa. Para ele, isso
mostra apenas um ritmo mais lento. “O resultado demonstra a lentidão da
retomada no nível de atividade. Mas, ainda que lentamente, esta
recuperação deve ter prosseguimento, como apontado pelo Iace”, afirma
ele.
De acordo com a pesquisa, cada um dos oito componentes
econômicos analisados vem se mostrando, individualmente, eficiente em
antecipar tendências econômicas. Reunidos no Iace, eles funcionam como
espécie de filtro para os “ruídos”, o que ajuda a identificar a real
tendência econômica. Lançado em julho de 2013, o Iace permite uma
comparação direta dos ciclos econômicos do Brasil com os de outros 11
países e regiões já cobertos pelo The Conference Board: China, Estados
Unidos, Zona do Euro, Austrália, França, Alemanha, Japão, México,
Coreia, Espanha e Reino Unido.
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