sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Portos do Paraná iniciam licitação para projeto que otimizará movimentação de carga rodoviária e ferroviária

A Comissão Permanente de Licitações e Cadastros (CPLC) dos Portos do Paraná abriu os envelopes licitatórios do Projeto Cais Leste, conhecido como "Moegão", e foi classificado um consórcio formado por quatro empresas de engenharia. Dessa forma, a Portos do Paraná completa mais uma etapa para o desenvolvimento do projeto e execução da obra que prevê a centralização da descarga ferroviária de grãos e farelo em uma moega exclusiva no Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá.

Um dos envelopes apresentados trazia a proposta de valor (US$ 114 milhões), o outro, a documentação técnica exigida no edital (cerca de 1.500 páginas). Agora, os prazos para a análise do material e dos recursos estão se esgotando. Conforme explicado pela CPLC, somente após esses prazos e a aprovação dos resultados serão divulgadas as empresas participantes.

"Depois de quase dois anos de elaboração e projeto básico, chegamos à primeira fase da etapa externa, que é essa, a apresentação das licitantes e seus preços", disse o diretor geral da Portos do Paraná, Luiz Fernando García, que também compareceu à sessão. O consórcio, segundo García, reúne grandes empresas e apresentou uma proposta interessante que será analisada antes de passar para a segunda etapa.

Se tudo estiver de acordo com a documentação, “a expectativa é que, muito em breve, possamos assinar o contrato, para finalmente iniciar a execução de uma obra tão importante para o complexo portuário do Paraná”, disse o gerente. Detalhes do Projeto Além da tremonha exclusiva para cargas que chegam por via férrea, a proposta é também reestruturar o acesso dos Terminais da Região Leste do Porto de Paranaguá, otimizando a capacidade de recebimento de cargas tanto por via rodoviária quanto por ferrovia.

 "É uma obra que muda o conceito de operação ferroviária no Porto de Paranaguá. Talvez o maior projeto da história dos portos paranaenses", diz Luiz Fernando García. O projeto, segundo o executivo, considera a realidade atual e a necessidade de ampliar a participação do modal ferroviário, mas também olha para o futuro da logística no Estado e no cenário nacional. "Faremos essa obra pensando na Nova Ferroeste, ao final da concessão da malha sul que nos atende. Em suma, temos grandes investimentos fora do porto, que demandam muito da ferrovia e temos que esteja preparado para isso", diz García.

Nesta licitação, pretende-se executar um trecho do empreendimento, denominado FASE 01, composto por: Tremonha ferroviária composta por 3 linhas de recebimento de grãos com capacidade de descarga simultânea de 3 vagões cada; 1,7 km de galerias para esteiras transportadoras 4,8 km de correias transportadoras totalmente fechadas com capacidade projetada de 2.000 t/h (correias de 54”), para transportar o produto descarregado. O sistema de descarga ferroviária será concentrado em tremonha exclusiva ferroviária e a saída será realizada por meio de esteiras transportadoras totalmente fechadas, de modo a não permitir a emissão de material particulado para a atmosfera.

Entre as funcionalidades incluem: Capacidade para 180 vagões simultaneamente. 3 linhas independentes. 11 terminais interligados. Expectativa de + 24 milhões de toneladas. de grão e farelo/ano. 900 vagões/dia (300 vagões em cada uma das 3 linhas). 60 carros por lote, a cada 3,5 horas. Máximo - 15 composições diárias (com 60 vagões cada), 5 paradas diárias; e aumentando gradualmente ao longo de dez anos. Os vagões passarão de 65 t para 80 t. Por fim, os benefícios do projeto são: Maior organização nos fluxos modais; redução de ruído de buzina de trem; um graneleiro = 1.200 vagões x 1.800 caminhões; 30% menos custo; 73% menos CO2 e redução de 16 para 5 interferências estrada/ferroviária.

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