A possível saída da mais importante linha
movimentada pela APM Terminals acendeu o alerta em Itajaí, Santa Catarina. A linha
asiática, que corresponde a cerca de 40% de toda a movimentação do porto local, está em negociação com outros terminais. Em busca de
melhores custos de atracação parte dos seis armadores que compõem o
serviço teriam optado pela Portonave, em Navegantes.
O assunto,
que até então era tratado como boato no meio portuário, ganhou força
depois que os vereadores Thiago Morastoni (PT), Osvaldo Mafra (SD) e
Clayton Batschauer (PP) reuniram-se com a superintendência do porto em
busca de respostas. A troca poderá trazer a Itajaí um grande impacto em
arrecadação e geração de trabalho: a estimativa é que mil empregos
diretos sejam afetados com a saída da linha.
A vantagem de
Navegantes seria o custo operacional. O mesmo contêiner custa em média
R$ 300 para atracar em Itajaí e R$ 230 para atracar em Navegantes. Como a
negociação é entre os terminais, que não falam sobre o assunto, o que a
superintendência pode fazer é acompanhar o jogo comercial. Mas o
superintendente Antônio Ayres dos Santos Junior já discutiu o assunto
previamente com o governador Raimundo Colombo (PSD) e deve entregar a
ele um dossiê sobre a situação.
Navegantes utiliza a mesma
estrutura de acesso de Itajaí, que tem a manutenção paga pelo governo
federal. A Portonave tem custos menores de pessoal porque contrata a
própria mão-de-obra, enquanto que em Itajaí, que é área pública
arrendada, a contratação é via Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). A
APM Terminals também enfrenta dificuldades para ampliação e aguarda,
ainda, resultado sobre a possibilidade de assumir a operação dos berços 3
e 4, que estão em reforma. (fonte: Portos e Navios)
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