O diretor de Relações com Investidores e vice-presidente de
Planejamento Estratégico da Marfrig, Marcelo Di Lorenzo, afirmou nesta
segunda-feira (22) que a companhia não pretende se desfazer de mais
ativos após a venda da Moy Park à JBS - operação anunciada ontem e que
deve ser finalizada ainda este ano. Segundo ele, "a transação é
transformacional e resolve a questão da estrutura de capital da
companhia". "Não faremos mais nada em relação às outras empresas do
grupo, iremos crescê-las", disse, em teleconferência com analistas e
investidores.
O presidente do Conselho de Administração da
Marfrig, Marcos Molina (foto), afirmou que a companhia não planeja focar em
aquisições com a melhora em seu endividamento bruto, alcançado agora com
a venda da Moy Park, sua subsidiária no Reino Unido. O executivo
defende que há um potencial grande de crescimento nas unidades atuais da
Marfrig e que é preciso garantir esse crescimento orgânico antes de
pensar em novas compras. Esse valor, juntamente com o fluxo de caixa da
companhia, será empregado em projetos de expansão, sobretudo na Ásia.
"Para 2015 e 2016 já temos muito o que crescer dentro de casa", disse.
Segundo ele, "o conselho (da empresa) também entende que o potencial de
crescimento das unidades é muito grande".
Com a operação, a
Marfrig estima que seu endividamento bruto cairá em mais de 40% e a
alavancagem pode ser reduzida a 3,7 vezes a dívida líquida sobre Ebitda
até o fim do ano. Ao fim de 2014, esta medida estava em 4,98 vezes e em
6,20 vezes no primeiro trimestre de 2015.
A empresa também
estima que quase a totalidade do valor pago pela JBS pela Moy Park
(cerca de US$ 1,5 bilhão) seja destinado ao pagamento de dívidas. Com
isso, os executivos preveem um decréscimo natural no pagamento de juros,
que poderia chegar a R$ 300 milhões ao ano.
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