Os estados do Centro-Norte foram
responsáveis, no ano passado, por 58% da safra de grãos do Brasil, cujo escoamento mais mais fácil para o exterior seria pelos rios amazônicos e
portos do Pará ou Amapá, que atualmente conseguem embarcas apenas 15,2% da
produção. Com infraestrutura insuficiente, a soja de Mato Grosso viaja
dois mil quilômetros por estrada até os estados do Sudeste, encarecendo o
produto brasileiro.
A nova etapa do Programa de Investimento
em Logística (PIL), lançado pelo governo, deve corrigir essa distorção. Para a Confederação Nacional da
Agricultura (CNA), as concessões anunciadas têm um foco muito claro na
porta de saída das exportações do setor pelo “Arco Norte”, o que pode
descongestionar gradativamente o movimento em portos como o de Santos
(SP).
“Muitos projetos do PIL são relevantes para o agronegócio
porque fortalecem a logística no Arco Norte e desafogam os portos do
Sudeste”, entende a economista Elisangela Pereira Lopes, assessora
técnica da Coordenação de Assuntos Estratégicos da CNA. Segundo
ela, dois projetos fundamentais doprogramaL são as concessões das rodovias
BR-163 e BR-364. A primeira liga Sinop (MT) ao Porto de Miritituba (PA),
às margens do rio Tapajós, onde estão se instalando 26 terminais de
grãos para exportação. A segunda é a trecho entre Comodoro (MT) e Porto
Velho (RO), que embarca atualmente quatro milhões de toneladas pela
hidrovia do Rio Madeira.
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