A proposta de fusão de US$ 30 bilhões entre a Archer Daniels Midland
(ADM) e sua rival Bunge chama a atenção para o quanto as condições mais
difíceis do mercado em uma geração obrigaram as maiores tradings de
grãos do mundo a repensar estratégias em relação a fusões e aquisições.
A ADM e a Bunge são duas das quatro maiores tradings de grãos do
mundo, e usam redes de ativos de crescimento tentacular de armazenagem,
transporte e processamento para transportar produtos agrícolas a granel
das fazendas até os clientes ou para convertê-los em ingredientes. A
ADM, sediada em Chicago, contatou a Bunge com uma oferta de tomada de
controle no mês passado, dizem pessoas familiarizadas com o tema.
Juntas, criariam uma empresa com quase US$ 110 bilhões em vendas
anuais, em nível equiparável ao da Cargill, a líder no setor. Ambas
sentem as dificuldades de atuar como tradings em uma época em que os
agricultores ficaram mais seletivos sobre quando e a que preço venderão
seus produtos.
A democratização dos dados do setor corroeu o valor das
informações, no passado controladas pelas grandes tradings e usadas para
prospectar oportunidades de arbitragem. Ao mesmo tempo, uma série de
supersafras reduziu o poder de barganha das tradings com os clientes da
indústria de alimentos.
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