O Terminal de Toras do Porto de Pelotas (TPP) encerrou o ano com
dados que estimulam a ampliação do fomento à hidrovia gaúcha. Ao longo
dos 12 meses de operações, a movimentação atingiu um total de 662 mil
toneladas de madeira movimentadas. Durante este período, 339 barcaças de
toras de madeira saíram do Porto de Pelotas com destino à fábrica da
CMPC Celulose Riograndense, em Guaíba (RS).
Hoje, cerca de 95% da celulose produzida em Guaíba são movimentadas e
exportadas pela hidrovia. “O projeto do TPP criou uma forma inteligente
de aproveitar o frete de retorno das barcaças vindas do Porto de Rio
Grande”, destaca o gerente da Sagres em Pelotas, Bruno Carvalho.
A matéria-prima da celulose é proveniente de diversas bases
florestais, entre elas 14 municípios localizados na região sul do Rio
grande do Sul. Com está geografia, a iniciativa também se confirma como
uma importante alternativa para desafogar o saturado tráfego da BR 116
entre Pelotas e a capital gaúcha.
A partir do incremento hidroviário, a madeira que chegaria à Guaíba
de caminhão vai pelas águas. “Esta alternativa promove inúmeras
vantagens como redução do impacto poluidor, número de acidentes e
diminuição com gastos de manutenção viária”, observa Bruno. Só em 2017
foram 47.460 viagens a menos na BR 116, considerando que cada barcaça
transporta a carga equivalente a 70 caminhões carregados de madeira, em
viagens de ida e volta.
Os bons índices não param por aí e são frutos da otimização do
processo operacional realizado pela Sagres Agenciamentos Marítimos. De
acordo com Bruno Carvalho em outubro de 2016, quando iniciou o projeto, o
tempo de carregamento de uma barcaça era em torno de 33 horas. “Hoje
temos uma média de 9 horas, o que revela a clara evolução do processo”,
informa.
Ele ressalta ainda que todas as etapas tem total foco na segurança e
são baseadas no conceito de sustentabilidade, com amplo espectro nos
seus aspectos econômicos e ambientais.
Após décadas de estagnação e subutilização o Porto de
Pelotas está revitalizado. O novo cenário surgiu a partir do projeto do
Terminal de Toras (TPP) e contribuiu consideravelmente para que a
movimentação de cargas triplicasse. Pelotas tem o primeiro porto gaúcho
licenciado ambientalmente pela FEPAM e segue implantando os necessários
programas de ordem ambiental. “Hoje temos um Porto fortalecido e
consequentemente apto para ampliar cada vez mais a sua utilização”,
finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário