O novo cais de Atalaia, berço 207, em Capuaba, Vila Velha, está com
sua primeira operação de navios prevista para abril deste ano, já que
conta com 140 metros prontos para atracação. O investimento aumentará em
quatro vezes a capacidade operacional da Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo), que representará
20% a mais na movimentação de cargas no porto público. O cais contínuo
substituirá os antigos dolfins.
O terminal será multiuso para cargas: granéis líquidos e sólidos,
além de cargas gerais. A Codesa movimenta, anualmente, cerca de 7
milhões de t. Com os novos investimentos que têm sido realizados no
Porto de Vitória e com a conclusão das obras de Atalaia, a expectativa é
movimentar mais de 10 milhões de t./ano.
Quando for concluída a obra, o novo cais contará com 278,9m de
extensão, numa área total de 19.963 mil metros quadrados, sendo mais de
10 mil metros quadrados só de retroárea. Na conclusão, prevista para o
segundo semestre deste ano, o cais contínuo terá 14 cabeços, 12 defensas
e profundidade de 14,66 metros de calado, possibilitando a entrada de
navios com maior capacidade de carga.
Estão prontas muitas fases importantes da obra, tais como projetos,
fabricação dos pré-moldados, fabricação de camisas metálicas, reforço do
muro da retroárea, remoção de pedras soltas, desmonte do maciço rochoso
e a fabricação de defensas, elemento utilizado para proteção adequada
entre o navio e a estrutura de atracação. Segundo informação do
engenheiro da CODESA e fiscal do contrato, João Luiz Zaganelli, a obra
está com 70% de sua estrutura física concluída.
Os investimentos somam R$180.000.000.00, cujos recursos são
provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Quanto à
superestrutura estão sendo feitos serviços de derrocagem, compreendendo a
linha de pré-fissuramento, detonação e remoção de pedras na área de
atracação, concretagem da laje do módulo 2, mobilização de equipamentos
para execução das estacas escavadas e cravadas na rocha, além da
recomposição da linha de acesso ao Terminal Portuário Peiú e limpeza da
área”€ , explica Zaganelli.
O reinício da obra aconteceu no final de 2017, com a retomada da
mobilização do canteiro e das máquinas, após paralisação em julho do ano
passado, por iniciativa da própria empreiteira que pediu rescisão
contratual por motivos financeiros.
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