A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) iniciou o planejamento do processo de licitação pública e engajamento de stakeholders para desenvolver um novo terminal de contêineres no Porto de Santos. O projeto, chamado "STS10", visa criar uma instalação de contêineres de 46 hectares com um cais de 1.200 metros e capacidade de 1,90 milhão de toneladas/ano.
Analistas adiantam que várias empresas importantes do como o Grupo Maersk (APM Terminals) e a MSC (TIL), têm interesse na concessão para gerir o terminal.
Desde 2013, a APM Terminals e a TIL já controlam conjuntamente (cada uma com 50%) o terminal portuário de Santos (BTP), que tem 1.100 metros de cais com capacidade estimada de 1,50 MTEUs por ano.O novo terminal de contêineres "STS10" planejado será desenvolvido sob uma concessão de 35 anos e deverá custar pelo menos US$ 456 milhões para ser construído. Ele será construído ao lado da BTP, com uma série de berços de carga geral mais antigos e menores desaparecendo sob a pegada do terminal.
O fato de as principais companhias marítimas, ou seus respectivos grupos operacionais de terminais, serem as principais candidatas à nova concessão santista suscitou preocupações dos operadores que não são subsidiárias de uma companhia marítima. Essas empresas alegam que as companhias marítimas usariam sua posição para desviar sistematicamente o tráfego dos terminais em que não investiram.
Embora as companhias de navegação neguem essa alegação, o governo brasileiro reconheceu que a concentração do mercado e o crescente poder das companhias de navegação eram motivo de preocupação. Notavelmente, a Maersk e a MSC foram impedidas de apresentar uma oferta conjunta para "STS10" e, em vez disso, terão que competir pela concessão. De acordo com a ANTAQ, isso garante que a concorrência entre os terminais de contêineres de Santos permaneça saudável.
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