Por 48 votos favoráveis
e nenhum contrário, a Assembleia Legislativa/RS aprovou, no início da noite desta
terça-feira,14, o projeto de lei nº 230/2021 que autoriza a alteração da natureza
jurídica da Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg) de autarquia para
empresa pública. A aprovação é resultado de um trabalho intenso liderado pelo
governador Eduardo Leite e do secretário estadual de logística e transportes,
Juvir Costela, com a intermediação do secretário-chefe da Casa Civil, Arthur
Lemos.
Uma reunião de acordo durante à tarde, antes do começo da sessão de votação,
contou com a presença de Lemos, do procurador-geral do estado, Eduardo Cunha da
Costa, do presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza, do líder do
governo na casa, deputado Frederico Antunes, do presidente do Sindicato dos
Portuários, Rui Mendes, do ex-superintendente do Porto, Janir Branco. A reunião
também contou com apoio do secretário estadual de planejamento, governança e
gestão, Cláudio Gastal, e o prefeito de Rio Grande, Fábio Branco.
"Isso permite que, definitivamente, o caixa do Porto fique com o Porto e
nós tenhamos uma administração mais profissional, que será balizada pela Lei
13.303 que regula as empresas públicas", afirmou o superintendente dos
portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima. Além disso, um novo projeto de
lei será levado à Assembleia para definir a situação do quadro funcional, como
aposentadoria e direitos dos trabalhadores.
"A nossa intenção é de concretizar, com a maior harmonia possível, os
interesses mútuos da modernização do Porto, que é uma exigência do governo
federal, da Secretaria Nacional de Portos, Agência Nacional de Transportes
Aquaviários e do Ministério da Infraestrutura", completou Estima. Os
portos gaúchos eram os únicos a manter um convênio de delegação como autarquia
e a exigência para renovação era a alteração para empresa pública.
"A implantação da empresa pública está prevista para a virada do ano. Nós
temos três meses para nos adequarmos e queremos abrir a gestão do ano que vem
com a nova empresa, denominada Portos RS, que cuidará de toda a hidrovia, os
três portos públicos, além da relação com os demais terminais concedidos e os
terminais de uso privado", concluiu Estima.
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