Com valor
recorde, as vendas externas brasileiras de produtos do agronegócio foram de US$
15,24 bilhões em abril de 2024, um valor 3,9% superior na comparação com os US$
14,67 bilhões exportados no mesmo mês de 2023. Esse resultado correspondeu a
49,3% das exportações totais do Brasil.
O saldo de abril foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado,
que subiu 17,1%. Em relação aos preços médios dos produtos da agropecuária,
houve queda de 11,3%, impossibilitando o registro de um valor ainda mais
expressivo nas exportações.
As exportações brasileiras de grãos atingiram um volume próximo de 18,5 milhões
de toneladas em abril de 2024, número que corresponde a uma expansão de 6,7% na
comparação com os 17,3 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês de abril de
2023.
PRODUTOS BRASILEIROS
Segundo
os dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, açúcar de cana,
carne bovina in natura, café, algodão não cardado nem penteado e celulose são
os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês.
Destaque por ter o maior valor exportado dentre todos os produtos do
agronegócio brasileiro, a soja em grãos respondeu pela maior parte das
exportações do setor. O volume exportado atingiu 14,70 milhões de toneladas,
com elevação de 362,4 mil toneladas na comparação com a quantidade embarcada em
abril de 2023. A quantidade é a terceira maior já registrada para um mês em
toda a série histórica.
A China é o principal importador da oleaginosa brasileira, tendo adquirido
praticamente dez milhões de toneladas ou o correspondente a US$ 4,29 bilhões.
Já as vendas externas de carnes brasileiras atingiram US$ 2,21 bilhões em abril
de 2024, com crescimento de 27,5% frente às exportações de abril de 2023. Os
registros de vendas externas de carne bovina foram de US$ 1,04 bilhão (+69,2%),
com forte expansão do volume exportado, que passou de 133,40 mil toneladas para
236,77 mil toneladas no período em análise (+77,5%). Este volume é recorde para
os meses de abril. Um dos maiores motivos para a expansão da quantidade
exportada está no aumento da demanda chinesa por carne bovina in natura
brasileira.
Outro destaque é o complexo sucroalcooleiro, que continua registrando recordes
de exportação. Em nenhum mês de abril da série histórica as exportações do
setor tinham ultrapassado a cifra de um bilhão.
Nesse mês de abril de 2024, as vendas externas do complexo sucroalcooleiro foram de US$ 1,07 bilhão, número que significou um crescimento de 77,6% na comparação com os US$ 600,07 milhões exportados em abril de 2023. O crescimento foi obtido em função das exportações de açúcar, que quase dobraram em volume (+94,7%), na comparação entre abril de 2023 e 2024.
EXPORTAÇÕES JANEIRO A ABRIL (1º QUADRIMESTRE)
No primeiro quadrimestre de 2024 as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 52,39 bilhões, o que representou crescimento de 3,7% em relação aos US$ 50,52 bilhões exportados no mesmo período do ano anterior. O aumento na quantidade embarcada é o fator que explica a expansão em valor, uma vez que o índice de quantum aumentou 14,8%, enquanto o índice de preço caiu 9,6%.
Os principais produtos que explicam o crescimento das exportações no acumulado do ano de 2024 foram: açúcar de cana em bruto (+US$ 2,41 bilhões); algodão não cardado e não penteado (+US$ 1,36 bilhão); café verde (+US$ 958,32 milhões); carne bovina in natura (+US$ 814,62 milhões) e açúcar refinado (+US$ 589,73 milhões). A soma do incremento das vendas externas desses cinco produtos mencionados foi de US$ 6,13 bilhões, enquanto o crescimento das exportações totais foi de US$ 1,87 bilhão.
ACUMULADO DOZE MESES (MAIO DE 2023 A ABRIL DE 2024)
Entre maio de 2023 e abril de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram o montante de US$ 168,36 bilhões, o que representou expansão de 4,7% em comparação aos US$ 160,86 bilhões exportados nos doze meses imediatamente anteriores.
Dessa forma, os produtos do agronegócio brasileiro representaram 49,3% das exportações brasileiras no período, 1,3 ponto percentual a mais do que a participação do agronegócio nas vendas externas entre janeiro e novembro de 2022.
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