A cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, poderá mais que dobrar os embarques de minério de ferro pelo Uruguai se a Hidrovia Paraguai-Paraná mantiver bons níveis de navegabilidade até o porto de Nueva Palmira. A expectativa é da Navios South American Logistics, empresa que estima poder embarcar entre oito e dez milhões de toneladas por meio de suas instalações de armazenamento e transbordo de minerais no terminal uruguaio, ante os 4,1 milhões de toneladas em 2023, disse o presidente da empresa, Angeliki Frangou.
A companhia planeja investir cerca de US$ 300 milhões na próxima década para expandir suas operações em Nueva Palmira, por onde escoa grãos, minerais e líquidos. Os recursos serão aplicados também na construção de terminais no principal porto uruguaio, Montevidéu, que utiliza para as exportações dos produtos, segundo Frangou.
A Hidrovia Paraguai-Paraná, que liga Paraguai, Brasil, Argentina, Uruguai e Bolívia, é uma via importante para os produtores de soja, carne bovina e minério de ferro do interior da América do Sul aos mercados globais. Contudo, as secas frequentes nos últimos anos esgotaram os rios, forçando por vezes os comboios de barcaças a operar com capacidade reduzida.
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