segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Navios neopanamax aumentam presença nas rotas globais, especialmente na América Latina

Os navios porta-contêineres Neopanamax tornaram-se um tipo de navio cada vez mais popular e espera-se que nada menos que 92 unidades desta classe entrem em serviço este ano. Só estes representam um total combinado de 1,4 MTEUs, quase metade da capacidade encomendada que se espera que seja adicionada à frota global este ano, informa a Alphaliner. Quando os primeiros Neopanamaxes entraram em serviço em 2008, eles eram a maior classe de navios existente e foram totalmente incorporados na rota Extremo Oriente-Europa.

No entanto, no mundo de hoje, onde os navios Megamax dominam, o cenário é muito diferente e os navios NPX tornaram-se a opção preferida em inúmeras rotas marítimas. Ao observar a implantação do novo NPX este ano, a Alphaliner observa que este tipo de embarcação é muito procurado tanto nas rotas Leste-Oeste como Norte-Sul, com especial relevância nas rotas para a América Latina.

Os NPX apresentam-se basicamente em dois tamanhos standard: os Maxi Neopanamax (MNPX) têm normalmente 366 metros de comprimento e 51 metros (20 filas) de largura (como é o caso do “Ever Max”, na imagem) e com capacidade de cerca de 16.600 TEUs. Já os compactos Neopanamax (CNPX) têm comprimento menor, em torno de 335 metros, com capacidade para 14 mil TEUs.

A variante compacta tem a vantagem de poder operar em quase todos os terminais construídos para receber navios mais antigos, de mais de 8 mil TEUs e com superfície de 335 x 43 m (17 filas). Os avanços no design e o fato dos navios modernos possuírem motores menores e cascos maiores permitem implementar 15 e 20% de capacidade adicional para cada tipo de NPX, respectivamente.

A Alphaliner salienta em qualquer caso que são as dimensões e não as capacidades que diferenciam as duas classes. Embora as rotas Leste-Oeste ainda absorvam a maioria dos novos navios, uma percentagem bastante elevada de nova capacidade NPX (aproximadamente 21%) foi adicionada às rotas entre a Ásia e a América Latina. Uma das principais vantagens desta classe é que o navio pode ser implantado praticamente em qualquer lugar, incluindo, é claro, nas rotas que transitam pelo Canal do Panamá.

No entanto, apenas 14 dos navios NPX construídos em 2024 utilizam atualmente a rota interoceânica: dez deles operam entre o Extremo Oriente e a costa leste dos EUA, enquanto outros quatro navios operam no serviço Ásia – América Central – ECSA ‘Santana’ pela MSC. Outros nove CNPXs da CMA CGM (5 x 13.264 TEUs) e da Cosco Shipping Lines (4 x 14.092 TEUs) estão ativos entre a Ásia e a costa leste da América do Sul.

Estes navios navegam pelo Cabo da Boa Esperança. Seis dos novos NPXs deste ano juntaram-se às rotas Ásia – WCSA, enquanto mais dois uniram-se aos crescentes serviços Extremo Oriente – México – Panamá. Isto eleva o número total de novos NPXs na rota Ásia – América Latina para 21 unidades ou aproximadamente 100.000 TEUs. Ou seja, 21% da capacidade adicional da NPX neste ano.

Muitas das embarcações nessas rotas latino-americanas têm grande capacidade para transportar contêineres refrigerados especialmente construídos, com capacidade de até 2.400 conexões. Entretanto, a rota Ásia-Europa absorveu 27 NPX de novas construções este ano, ou cerca de 30% da nova capacidade. Quinze navegam atualmente entre o Extremo Oriente e o Norte da Europa, enquanto doze estão em serviço nos circuitos Ásia-Mediterrâneo. Transportadoras como MSC, CMA CGM, ONE ou Evergreen utilizaram os novos navios NPX para “cobrir lacunas” nas frotas dos seus serviços Ásia-Europa. Estes circuitos requerem atualmente pelo menos dois navios adicionais para manter viagens semanais devido aos desvios contínuos do Cabo da Boa Esperança.

Além disso, este ano, outros 26 navios “NPX” aderiram aos serviços entre a Ásia e a América do Norte. Estes incluem os dez navios mencionados acima que operam nos serviços Ásia-USEC, bem como os 16 que operam nos serviços Trans-Pacífico que ligam a Ásia à WCNA. Rotas secundárias O forte crescimento também fez com que alguns novos NPX se juntassem ao que costumavam ser rotas secundárias: três novos navios servem a rota Ásia-África Ocidental, enquanto outros três foram destinados ao Extremo Oriente-Médio Oriente.

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