segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Argentina aumenta pedágios na Hidrovia Paraguay-Paraná e afeta traslado de minério do Brasil em Nueva Palmira


O governo da Argentina aumentou em 40,5% o pedágio da carga internacional transportada pela Hidrovía com destino ao porto uruguaio de Nueva Palmira (foto). O aumento gerou reações negativas por parte de empresas que investiram em infraestrutura no terminal para escoar a carga de minério de ferro das minas de Corumbá, noBrasil, para outros continentes, e também do próprio Governo em Montevidéu.

Nesse sentido, o subsecretário do Ministério dos Transportes do Uruguai, Juan José Olaizola, afirmou que aumentos de custos em percentual tão significativo e de forma abrupta, “não são benefícios” para o transporte na hidrovia navegável utilizada pelo Uruguai, Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia. Ele revelou que neste momento está sendo realizada uma rodada de consultas com os atores marítimos envolvidos para que o governo tenha uma visão global do assunto antes de fazer uma proposta em nível regional.

Esta não é a primeira vez que o governo argentino aumenta os pedágios unilateralmente, já que em 31 de julho de 2024 anunciou aumentos nos pedágios do trecho da hidrovia ao norte da cidade de Santa Fé até a confluência com o rio Paraguai, ficaria entre 46% e 63%. O conflito só conseguiu ser desbloqueado com intervenções em nível diplomático em 6 de setembro de 2024. Olaizola alertou que todos os países “devem ter clareza” de que a Hidrovia deve ser preservada como eixo central para o transporte regional de mercadorias.

“Os países têm necessidades e visões diferentes. A questão (do aumento das portagens) será analisada nas comissões hidroviárias”, reiterou o líder do governo. Por outro lado, o embaixador argentino no Uruguai, Martín García, afirmou que o aumento do pedágio é necessário para a manutenção e sinalização da Hidrovia e que alertou que “não há negócios” a favor da Argentina.

 

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