Os governos brasileiro e chinês assinaram 35 acordos bilaterais, num
montante superior a R$ 150 bilhões de investimentos da China no Brasil. O
setor de infraestrutura de transportes está entre os que devem ser
beneficiados com as parcerias bilaterais. Entre os principais projetos, está a construção de uma ferrovia
transcontinental, que cruzará o país de leste a oeste, passando pelo
Peru para acessar portos no Oceano Pacífico. Nesse sentido, foi assinado
um memorando de entendimento, a fim de desenvolver estudos de
viabilidade do empreendimento que estarão concluídos até maio de 2016.
A estrada percorrerá 4,4 mil quilômetros somente no Brasil e sairá de
Campinorte, no Tocantins, junto à Ferrovia Norte-Sul, passando por Lucas
do Rio Verde, no Mato Grosso, chegando ao Acre e atravessará os Andes
até o litoral peruano. O governo, no entanto, ainda não divulga
estimativa de valores do empreendimento. Segundo o presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte),
Clésio Andrade, a obra já foi elencada, pela instituição, como uma das
ações importantes para a solução de gargalos logísticos do país, e
poderá aumentar a competitividade das exportações brasileiras.
O primeiro-ministro, Li Keqiang, afirmou que o governo chinês quer
estreitar a cooperação entre empresas dos dois países e promover a
construção de infraestruturas no Brasil. A ideia, segundo ele, é reduzir
os custos, movimentar a economia e ajudar na geração de empregos. O presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, Sérgio Amaral,
consultor do Escritório da CNT na China, explica que, “para a China,
isso faz parte de uma estratégia que vem sendo desenvolvida em várias
regiões do mundo, que é realizar investimentos grandes em infraestrutura
para obter retornos econômicos positivos e, talvez, a abertura de novos
mercados”.
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