O Brasil perdeu posições no
ranking das economias mais competitivas do mundo pelo quinto mês consecutivo. O país caiu duas
posições e, entre 61 nações, passou a ser o 56º em termos de eficiência
para fazer negócios. É a pior classificação desde 1996, quando foi
incluído no World Competitiveness Yearbook, anuário da escola de
negócios suíça IMD publicado desde 1989.
Essa poderia ser a
má notícia sobre a capacidade brasileira de competir globalmente, mas
não é. A pior novidade é que menos competitivos que o Brasil na lista do
IMD estão países em situação econômica, política e internacional muito
pior do que a brasileira, exibindo conflitos domésticos ou externos de
repercussão muito mais abrangente.
"Abaixo (no ranking), estão países
com uma situação muito mais dramática que a do Brasil. Comparar o Brasil
com a Ucrânia é brincadeira", afirma o professor da escola de negócios
suíça IMD, Carlos Primo Braga. Os cinco países menos competitivos do
mundo são Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela. No extremo
oposto e liderando o ranking, estão Estados Unidos, Hong Kong,
Cingapura, Suíça e Canadá, nessa ordem.
O resultado
"dramático" da pesquisa, na opinião do professor da Fundação Dom Cabral,
Carlos Arruda, é o fato de o Brasil ter obtido um resultado pior nos
critérios em que vinha se saindo bem. "Caíram o desempenho doméstico e o
emprego", afirma o professor da Dom Cabral, instituição parceira do IMD
no anuário. No subindicador "Economia Doméstica", o Brasil caiu sete
degraus de 2014 para 2015, ficando na 43ª posição. Em "Emprego",
despencou 15 degraus, passando da 6ª para a 21ª posição.
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