O terminal de contêineres Moin, inaugurado no
último fim de semana na Costa Rica, vai atender aos mercados da Europa e
da Ásia, possibilitando a circulação de produtos em rotas transatlânticas sem
transbordo. Com a nova conexão do Moin Container Terminal, localizado em Limón,
o grupo Maersk ampliou sua capacidade permitindo que a empresa atenda seus
clientes com serviços E2E integrados em transporte e logística. O projeto
custou US$ 1 bilhão, e aumentará em até 285% as rotas marítimas que chegam ao
terminal Moin, administrado pela APM Terminals.
O
projeto foi construído em uma ilha artificial de 40 hectares, com um píer de
650 metros de comprimento e um pátio de contêineres com capacidade para
armazenar 26.000 teus, incluindo conexão para 3.800 contêineres refrigerados. A
configuração, segundo a APM, permitirá ao terminal atender aos negócios da
Costa Rica, país que atualmente é um dos maiores exportadores mundiais de
abacaxi e o terceiro maior exportador de bananas.
Seis
guindastes de pórtico e guindastes de 29 jardas representam investimento de US$
110 milhões e permitirão ao terminal realizar média de 180 movimentos por hora
de carga e descarga, de forma ininterrupta. Segundo a APM Terminals, esses
padrões de eficiência permitirão redução significativa no tempo de serviço dos
navios, de 40 horas (tempo médio nas outras docas) para 15 horas. O terminal
conta ainda com um dos escâneres mais modernos da América Latina para inspeções
de carga.
A APM
Terminals também investiu no treinamento de uma equipe de operadores e técnicos
em outros portos administrados no exterior e com alto tráfego de contêineres,
em países como: Egito, Brasil e Marrocos. Atualmente, a APM possui rede
portuária com mais de 169 terminais portuários e serviços intermodais em 56
países. O Moin inicia as operações com 650 funcionários, a maioria treinada por
meio de acordo com o Instituto Nacional de Aprendizagem (INA, em espanhol).
Um
estudo de impacto socioeconômico, validado pela Academia Centro-Americana,
destacou que o maior potencial está na geração de 147 mil empregos indiretos na
década seguinte em todo o país. A APM Terminals contribuirá com taxa de 7,5% de
seu lucro líquido para o conselho de administração de portos e desenvolvimento
econômico do Caribe (Japdeva, em espanhol), o que representa US$ 20 milhões por
ano. A região poderá captar porcentagem mais alta de navios que transitam pelo
Canal do Panamá.
A
empresa acredita que o empreendimento promoverá a geração de empregos e
fortalecimento do comércio inter-regional. Na avaliação da APM, o Moin
Container Terminal posicionará o país da América Central como número 1 em
conectividade. "Estamos inaugurando uma nova era no comércio internacional
e inter-regional da América Central", declarou Morten H. Engelstoft, CEO
da APM Terminals.
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