O presidente
Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (28) o lançamento do
"cartão-caminhoneiro", que vai garantir a compra de combustível,
pelos motoristas de carga, sem a variação oscilante do preço do óleo diesel,
uma das principais reclamações da categoria.
"Teremos, daqui no máximo a 90
dias, o cartão caminhoneiro. O que é isso? O caminhoneiro passa no posto de
combustível, ele vai pagar o preço do óleo diesel do dia. Isso é uma vantagem,
garante a ele que seu frete não será consumido por possíveis reajuste no preço
do óleo diesel [durante uma viagem de fretamento]", afirmou o presidente.
O anúncio foi durante transmissão ao
vivo, na noite de ontem (28), na página oficial de Bolsonaro no Facebook.
Acompanhado do ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores), o presidente fez
um balanço semanal do governo. A transmissão, que começou às 19h, durou pouco
mais de 17 minutos.
Bolsonaro também citou a decisão
recente da Petrobras, que anunciou que não haverá reajuste no preço do diesel
em intervalor inferiores a 15 dias. O presidente voltou a afirmar, durante a
transmissão, que pretende eliminar os radares de volocidade em rodovias
federais do país, inclusive aquelas que são administradas por concecionárias
privadas. "Nós não queremos mais novos pardais no Brasil, que visam a cobrança,
a multagem eletrônica", disse.
Para o presidente, o excesso de
radares configura uma "indústria da multa". "O que está acertado
com o Tarcísio [Gomes, ministro da Infraestrutura] é que os contatos vencidos
[de implantação de radares eletrônicos] não serão renovados",
afirmou.
O presidente comemorou o resultado do
leilão da Ferrovia Norte-Sul, na tarde de hoje, vencido pela concessionária
Rumo S.A, representada pela corretora Santander, que ofertou R$ 2,719 bilhões
pelo trecho de 1.537 quilômetros, que vai de Estrela d’Oeste (SP) a Porto
Nacional (TO).
"Vale a pena lembrar que essa
ferrovia estava há 30 anos sendo construída e agora, com esse leilão, nós
achamos que em dois anos, aproximadamente, ela seja concluída. Lembrando também
que o último leilão de ferrovia foi há 10 anos, então é a retomada do
transporte ferroviário do Brasil", afirmou
Com embarque previsto para o próximo
sábado, o presidente e uma comitiva de ministros e empresários farão uma visita
oficial a Israel, no Oriente Médio. A viagem retribui a vinda do
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que prestigou Bolsonaro
durante a posse, no dia 1º de janeiro.
Ao comentar sobre a viagem, Bolsonaro
citou que sua agenda inclui questões relacionadas a tecnologias desenvolvidas
em Israel, como projetos de irrigação e aquicultura no deserto e de
dessalinização da água do mar.
"Nós queremos fazer convênios,
intercâmbio com Israel para mandar nossa garotada para as mais variadas áreas,
a questão de agricultura, irrigação para o semi-árido do Nordeste. Ver também a
garotada para aprender algo sobre a psicultura no deserto, fazer também
intercâmbio em ciência, tecnologia e inovação", afirmou.
Durante a transmissão, Bolsonaro fez um breve
comentário sobre recente desentendimento com o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia, relacionada às articulações do governo com o Legislativo. Para Bolsonaro,
o desententimento foi superado.
"Página virada aquele problema
de Jair Bolsonaro com Rodrigo Maia. Uma chuva de verão. Acabou, estamos em paz.
Se Deus quiser, na minha volta de Israel, vou lá filar uma bóia na Câmara, com
o Rodrigo Maia Será motivo satisfação", disse.
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