segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Petrobras vale hoje menos que petrolíferas de segundo escalão

A Petrobras, orgulho dos brasileiros até 2008, quando era a maior empresa da América Latina e uma das principais do mundo, avaliada em mais de US$ 270 bilhões, superando inclusive gigantes como a britânica BP, vive hoje outra realidade, com seu preço de mercado reduzido a um quarto, ou seja, em torno de US$ 65 bilhões. A queda vertiginosa encontra poucos precedentes entre grandes companhias globais nas últimas décadas e é ainda mais expressiva porque nesses seis anos, as reservas de petróleo da estatal cresceram em quase 20%. O preço atual da companhia brasileira é inferior ao de todas as demais grandes empresas do segmento e perde até mesmo para petrolíferas de segundo escalão, como a norte-americana Occidental. A deterioração, iniciada com o uso político da empresa, aprofundado pelos escândalos de superfaturamento e pagamento de propina envolvendo dirigentes e políticos, deverá se acentuar, já que a cotação do petróleo no mercado internacional está em baixa e as perspectivas de retorno economicamente viável das reservas do pré-sal são inconsistentes e dão cada vez menos suporte à Petrobras.

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