segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Petrobras não interromperá contratos, mas buscará ressarcimento nos casos de irregularidades

A presidente da Petrobras, Graça Foster, garantiu hoje que "os contratos em vigor com a companhia que tenham sido fruto de corrupção não serão interrompidos". Advertiu, contudo, que a estatal está tomando medidas judiciais para ser ressarcida pelos prejuízos gerados com sobrepreços, desvios e propinas. A executiva não revelou quais são essas medidas adotadas por entender que "anunciá-las poderia ser um passo para criar os antídotos a elas." Já o diretor de engenharia da petrolífera, José Figueiredo, afirmou que "há diversos processos internos analisando as denúncias e os contratos assinados com as empreiteiras no país". Ele destacou que caso fique comprovada alguma irregularidade, as empresas responsáveis poderão ser suspensas do cadastro (CRCC) da estatal por um período de seis meses a dois anos, mas não mencionou nenhum nome, apesar de ser esperada a inclusão da Toyo-Setal nesta lista, já que a empresa foi a primeira a fechar acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e a confessar sua participação no esquema de corrupção. Indagado sobre quem faria as obras no futuro, se efetivamente ficar comprovada a participação de todas as empreiteiras citadas na denúncia, já que a relação inclui praticamente todas as maiores companhias de engenharia industrial do Brasil, Figueiredo evitou responder, limitando-se a disser que "os contratos futuros dependerão das investigações."

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