A expansão da carga na rota Transpacífico em
direção a leste retrocederá nas próximas semanas apesar da trégua comercial
acertada nesta segunda-feira, 10, entre os presidentes dos Estados Unidos,
Donald Trump e da China, Xi Jinping. A taxa extra vigor desde o início de
dezembro de 25% sobre as importações norte-americanas de produtos chineses terá
conseqüência ainda por algum tempo, avalia o Alphaliner.
A
pressa por realizar remessas diretas da China para os Estados Unidos antes da
entrada em vigor do decreto imposto pelo presidente Trump provocou um elevado
volume de transporte de contêineres, sem precedente, na rota Transpacífico na
direção leste nos últimos meses. O crescimento foi de 12,2% interanual em
novembro, e a expectativa é que em dezembro o incremento seja ainda mais forte.
O
movimento dos navios, de acordo com os dados registrados pela Alphaliner,
mostram que, desde outubro, as armadoras adicionaram pelo menos 22
porta-contêineres extras no serviço. Além disso, três embarcações que zarparam eram
significativamente maiores, oferecendo grande capacidade de carga.
Desta forma, foram agregados aproximadamente 188 mil teus de capacidade
adicional na rota nas últimas semanas no sentido China/EUA. Todos os navios
extras devem retornar aos portos chineses antes do fim do ano e, apesar dos
volumes de cargas excepcionais, os indícios apontam para uma redução em breve.
As
transportadoras já anteciparam uma queda nas reservas de espaço, com seis
saídas de navios canceladas em dezembro. A Ocean Alliance anunciou a retirada
de quatro itinerários da rota Transpacífico. O impacto do aumentos de
capacidade nos porta-contêineres adicionais e o ritmo mais lento do crescimento
dos volumes de cargas levaram à baixa das tarifas em até 16% na rota.
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