quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Rota China/Estados Unidos terá queda nos volumes mesmo com a trégua comercial


         A expansão da carga na rota Transpacífico em direção a leste retrocederá nas próximas semanas apesar da trégua comercial acertada nesta segunda-feira, 10, entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump e da China, Xi Jinping. A taxa extra vigor desde o início de dezembro de 25% sobre as importações norte-americanas de produtos chineses terá conseqüência ainda por algum tempo, avalia o Alphaliner.
        A pressa por realizar remessas diretas da China para os Estados Unidos antes da entrada em vigor do decreto imposto pelo presidente Trump provocou um elevado volume de transporte de contêineres, sem precedente, na rota Transpacífico na direção leste nos últimos meses. O crescimento foi de 12,2% interanual em novembro, e a expectativa é que em dezembro o incremento seja ainda mais forte.
        O movimento dos navios, de acordo com os dados registrados pela Alphaliner, mostram que, desde outubro, as armadoras adicionaram pelo menos 22 porta-contêineres extras no serviço. Além disso,  três embarcações que zarparam eram significativamente maiores, oferecendo grande capacidade de carga.
        Desta forma, foram agregados aproximadamente 188 mil teus de capacidade adicional na rota nas últimas semanas no sentido China/EUA. Todos os navios extras devem retornar aos portos chineses antes do fim do ano e, apesar dos volumes de cargas excepcionais, os indícios apontam para uma redução em breve.
         As transportadoras já anteciparam uma queda nas reservas de espaço, com seis saídas de navios canceladas em dezembro. A Ocean Alliance anunciou a retirada de quatro itinerários da rota Transpacífico. O impacto do aumentos de capacidade nos porta-contêineres adicionais e o ritmo mais lento do crescimento dos volumes de cargas levaram à baixa das tarifas em até 16% na rota.


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