Um levantamento recente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) revelou um aumento de custos com os serviços de praticagem no litoral do Rio de Janeiro. De acordo com o estudo, a atividade teve seus preços elevados em 25% no primeiro semestre do ano na comparação com o mesmo período do ano passado. O cálculo leva em conta a chamada Zona de Praticagem 15 - que abrange nove portos do litoral fluminense. Segundo a ATP, a alta reverberou em aumentos na tonelada de commodities como petróleo, minério de ferro e carvão.
Em entrevista o diretor-presidente da associação, Almirante Murillo Barbosa, afirma que o setor portuário aguarda a aprovação do Projeto de Lei 4.392/2020 (PL da Praticagem), que quebra a livre negociação de preço entre tomador e prestador da atividade. Segundo Barbosa, o texto propõe à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a regulação dos serviços de praticagem, com a implementação de uma política de preços transparente.
"Se a Antaq assumir essa competência de regulação econômica, os custos da praticagem cairiam e obviamente poderia cair também o custo logístico, o que aumentaria a competitividade não só dos portos, mas dos produtos, das commodities brasileiras", avaliou o diretor-presidente da entidade. A ATP também alerta que fatores como a determinação de manobras especiais, solicitação de mais de um prático a bordo, remuneração do praticante (uma espécie de prático em treinamento) e simulações de manobrabilidade podem encarecer ainda mais os custos, chegando a dobrar os valores pagos pelos armadores.
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