terça-feira, 1 de setembro de 2020

Portos chilenos enfrentam dificuldades com a greve dos caminhoneiros iniciada há cinco dias


          A greve do sindicato dos caminhoneiros, convocada pela Confederação Nacional do Transporte de Cargas do Chile (CNTC), devido aos atos de violência que vem sofrendo o setor na região de Araucanía, no sul do País, completou cinco dias. A paralisação começou a refletir causando prejuízo nas operações nos portos do país.
          O Governo apresentou proposta ao CNTC, que após ser analisado pelo Comitê de Crise, foi rejeitada. A confederação argumentou que o documento traz “propostas gerais que não identificam os responsáveis ​​nem estabelecem a periodicidade das reuniões”. Diante disso, o sindicato dará continuidade às mobilizações por tempo indeterminado.
          A exemplo do que aconteceu no início da greve, os portos do país apresentam algumas dificuldades. Puerto San Antonio informou que atualmente existem mais de 210 mil toneladas detidas em seus diferentes terminais e navios que são mantidos em turnê.
          Uma das concessionárias, a STI, tem uma capacidade de armazenamento ocupada de quase 80%, por isso é imprescindível começar pela retirada da carga para evitar uma saturação que impeça o funcionamento normal da atividade portuária.
          Na concessionária Puerto Panul está atracado o navio a motor "HOPE", que traz 40 mil toneladas de trigo do Porto de San Lorenzo, na Argentina. Só para descarregar essa carga, são necessários 1.300 caminhões. Caso contrário, o grão ficará nos porões do navio aguardando o repasse, gerando também um custo adicional na operação.
          Além disso, o navio "ITAL Universo" tem embarque previsto para esta segunda-feira, que deve fazer 2.800 movimentos entre embarque e desembarque, mas até o momento e como resultado da mobilização, apenas 200 contêineres carregados chegaram ao porto. Por conta disso, os exportadores chilenos não poderão enviar suas cargas para a China.

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