segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Capacidade para o transporte marítimo de contêineres na América Latina cresce 22% nos últimos 12 meses


A capacidade utilizada nas rotas marítimas de e para a América Latina, incluindo serviços intra-regionais, aumentou este ano em 853.000 TEUs, o que representa um crescimento anual de 22,4%. Isso, segundo a Alphaliner, significa que 16,9% de toda a capacidade adicional adicionada à frota nos últimos doze meses (a partir de 1º de dezembro) foi alocada para serviços relacionados à América Latina.

Atualmente, os serviços de e para a região representam 15% da capacidade global da frota ativa. Entretanto, globalmente, a frota de contêineres aumentou 10,6% nos últimos doze meses, com quase 3 MTEUs de capacidade acrescentados à frota. Menos que 1,76 MTEU, ou 59%, desta capacidade adicional foi absorvida pela rota Ásia-Europa, onde foram necessários muitos navios adicionais como resultado do desvio de serviço através do Cabo da Boa Esperança para evitar o trânsito inseguro através do Cabo Vermelho.

A análise de junho da Alphaliner apontou para uma expansão da capacidade da frota na rota Ásia-Europa de 24% em relação ao ano anterior. Seis meses depois, o crescimento da frota é de 31%, enquanto algumas companhias marítimas ainda aguardam a entrega de mais novos navios para preencher os espaços disponíveis nos seus itinerários Ásia-Europa.

No entanto, como sinal do impacto das milhas-teu adicionais em torno do Cabo da Boa Esperança, a capacidade semanal oferecida na rota aumentou numa percentagem muito menor. Em 1º de dezembro de 2023, foram oferecidas 434.940 vagas em média semanal na rota Ásia-Europa. Um ano depois, em 1 de dezembro de 2024, este número aumentou apenas 38.360 TEUs, ou 8,8%, à medida que os desvios do Cabo absorveram acapacidade disponível.

O ano da crise do Mar Vermelho 2024 será lembrado nos círculos de transporte de contêineres como o primeiro ano da crise do Mar Vermelho, tal como 2021 e 2022 são agora conhecidos como os lucrativos anos da Cocid-19. Embora muitos analistas tenham alertado para um possível excesso de capacidade em 2024, os desvios em torno do Cabo da Boa Esperança acabaram por absorver tanta capacidade que a indústria terminou o ano quase sem capacidade ociosa (apenas 0,6% da frota total de navios porta-contêineres.

Assim, uma escassez geral de navios manteve elevadas as taxas de frete marítimo spot, o que levaria a que 2024 fosse o terceiro ano mais lucrativo para as companhias marítimas, apesar dos custos de capital adicionais enfrentados pela navegação dos navios e do aumento dos custos de combustível associados aos desvios em torno do Cabo da Boa Esperança.

O Médio Oriente e o subcontinente indiano foram duas outras regiões afetadas pelo conflito do Mar Vermelho, uma vez que os serviços de e para a Europa e a Costa Leste dos EUA também tiveram de ser desviados através do Cabo da Boa Esperança. No entanto, a capacidade implantada em serviços dedicados de e para estas duas regiões aumentou “apenas” 13,9%.

Apesar das condições atraentes na rota Ásia-América do Norte, a capacidade implantada aumentou apenas 2,9% em relação ao ano anterior. Da mesma forma, apesar das elevadas taxas de frete marítimo spot no Transpacífico, só 5,1% da capacidade foram desviadas para essa rota.

Nas três principais rotas Leste-Oeste, a rota Transatlântica a capacidade da frota caiu 9,1% em relação ao ano anterior. Contudo, esta é uma rota pequena, acolhendo apenas 3,3% da frota global de navios porta-contêineres, em comparação com 23,9% para as rotas Ásia-Europa e 17,1% para a Ásia-América do Norte. Globalmente, não foi surpresa constatar que a elevada procura de navios reduziu a capacidade da frota ociosa (navios em estaleiros de reparação e comercialmente ociosos) em 18,8% em relação ao ano anterior.

 

Mapa comemora decreto que reforça parceria com o México para exportação de alimentos

O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) celebrou a publicação do decreto que renova o “Paquete Contra la Inflación y la Carestía” (PACIC) pelo governo mexicano, medida que já havia sido anunciada pela presidenta Claudia Sheinbaum.

O PACIC, que foi estendido até 31 de dezembro de 2025, zera as tarifas para produtos da cesta básica, permitindo o acesso das famílias mexicanas a itens importantes para a segurança alimentar e reforçando a presença de produtos brasileiros no mercado mexicano.

A renovação do PACIC tem sido fundamental para a continuidade das exportações brasileiras de alimentos ao México, especialmente produtos como carnes, leite, arroz e feijão, itens nos quais o Brasil tem forte participação exportadora. São iniciativas que visam mitigar o impacto da inflação sobre o poder de compra das famílias, o que abre espaço para produtos brasileiros competitivos no país.

"É uma grande oportunidade para continuarmos reforçando e intensificando a parceria comercial tão importante com o México com produtos brasileiros competitivos que contribuem para a segurança alimentar e nutricional", disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O México consolidou-se como um dos principais parceiros comerciais do Brasil, tornando-se o maior destino das exportações agropecuárias brasileiras na América Latina, após a implementação do PACIC em maio de 2022. Com a isenção temporária de impostos de importação sobre itens essenciais, as exportações brasileiras para o México têm registrado crescimento significativo. Somente nos onze primeiros meses deste ano já foram exportados mais de US$ 2,7 bilhões.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, ressaltou a importância da renovação para o fortalecimento da parceria comercial. “A renovação do PACIC reafirma o compromisso entre Brasil e México em promover uma relação comercial benéfica para ambos, permitindo que produtos brasileiros de qualidade e com preços competitivos cheguem aos consumidores mexicanos em um momento de desafios econômicos globais.”

“A continuidade do PACIC reforça o papel do Brasil como parceiro estratégico no abastecimento alimentar do México e fortalece as exportações agropecuárias, abrindo caminho para futuras oportunidades de crescimento e cooperação entre os dois países”, destacou Luis Rua.

 

MSC fecha 2024 como a armadora de maior capacidade e líder nas encomendas de navios

O ranking TOP 100 da Alphaliner das maiores companhias marítimas do mundo por capacidade no final de 2024 foi liderado pela MSC, que com 879 navios ultrapassou os 6,30 milhões de TEUs, representando 20,2% da capacidade da frota. Em segundo lugar ficou a Maersk, que com 714 navios atingiu 4,41 milhões de TEUs, cobrindo 14,1% da frota global. Em terceiro lugar ficou a CMA CGM com 654 navios e 3,82 milhões de TEUs, cobrindo 12,3% da capacidade da frota global.

Em quarto lugar ficou o Grupo Cosco com 511 navios e 3,31 milhões de TEUs, representando 10,6% da frota, e a Hapag-Lloyd com 299 navios e 2,33 milhões de TEUs, cobrindo 7,5% da capacidade da frota global. Em seguida, na sexta posição está ONE com 253 navios e 1,96 milhão de TEUs (6,3%), seguido por 7) Evergreen, 223 navios, 1,75 milhão de TEUs; 8) HMM, 81 embarcações, 0,89 milhões de TEUs (2,9%); 9) ZIM, 131 embarcações, 0,78 milhões de TEUs e 10) Yang Ming, 97 embarcações, 0,70 milhões de TEUs (2,3%).

Um caso marcante do Alphaliner TOP 100 foi o da Sea Lead Shipping, que subiu quatro posições da 19ª posição no final de 2023 para chegar à 13ª posição no final de 2024, com um total de 145.485 TEUs, representando 0,6% do a frota global. Vale ressaltar que a frota total de contêineres tem capacidade de 31,4 milhões de TEUs, enquanto sua tonelagem ultrapassa 372,4 milhões de DWT.

Relativamente ao ranking do volume da carteira de encomendas, este também foi liderado pela MSC, que acumulou a encomenda de construção de 139 navios, num total de 2,09 milhões de TEUs; A CMA CGM vem em segundo lugar, com 75 navios encomendados, totalizando 1,14 milhão de TEUs; O Grupo Cosco está em terceiro lugar com 55 embarcações solicitadas, num total de 0,90 milhões de TEUs.

Apenas em quarto lugar está a Maersk, com 54 navios encomendados por 0,77 milhão de TEUs; Em quinto lugar está a ONE, com 46 navios encomendados, totalizando 0,60 milhão de TEUs. Na quinta posição está a Evergreen, com 49 navios num total de 0,57 milhões de TEUs. A classificação das seguintes companhias marítimas com maior capacidade encomendada é completada da seguinte forma: 7) Hapag-Lloyd 37 navios, 0,46 milhões de TEUs; 8) HMM, 11 navios, 0,09 milhões de TEUs; 9) Yang Ming, 5 navios, 0,07 milhões de TEUs; 10) ZIM, 5 navios, 0,03 milhões de TEUs.  

Ao estabelecer um ranking da capacidade afretada que integra a frota ativa das companhias marítimas, a ZIM ocupa o primeiro lugar com 119 navios, o que representa 91,6% da sua capacidade; Segue ONE com 160 navios afretados que atingem 59,6% de sua capacidade; Yan Ming continua em terceiro lugar com 38 navios fretados, equivalente a 54,1% da sua capacidade, em quarto lugar está a MSC com 294 navios fretados, equivalente a 47,4% da sua capacidade. O ranking das 10 primeiras linhas com maior capacidade afretada continua assim: 5) CMA CGM, 351 navios, (43,7%); 6) Hapag-Lloyd, 170 navios, (42,3%); 7) Maersk, 382 navios, (42,1%); 8) Grupo COSCO, 314 embarcações, (40,7%); 9) Evergreen, 22 embarcações, (34,5%); 10) HMM, 38 embarcações, (15,9%)

Antaq aprova proposta de mediação e arbitragem regulatória visando melhorar a segurança jurídica

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) aprovou proposta de Manual de Mediação e Arbitragem Regulatória (disponível neste link). O documento vai promover mais celeridade e segurança jurídica nos processos de resolução de conflitos no âmbito da Agência. 

O material aborda de forma específica procedimentos destinados a lidar com lacunas normativas identificadas nos processos de resolução de conflitos. Tais procedimentos têm como objetivo complementar as regras estabelecidas pela Resolução ANTAQ nº 98/2023, que estabelece os procedimentos administrativos para resolução de conflitos entre os agentes do setor regulado.

Com essa publicação é possível assegurar que situações não previstas no normativo anterior possam ser tratadas de forma estruturada e eficiente, promovendo celeridade e segurança jurídica. O manual foi dividido em cinco etapas: Aspectos Gerais, Procedimentos de Resolução de Conflitos, Mediação, Arbitragem Regulatória e Considerações Finais. 

“Ao promover a redução de incertezas, o manual fortalece a confiança entre a ANTAQ e os agentes regulados, evitando judicializações desnecessárias e contribuindo para um ambiente regulatório mais estável, transparente e eficiente”, destacou o diretor relator do processo, Wilson Lima Filho.

Segundo o voto, a organização clara e objetiva do Manual oferece previsibilidade e uniformidade na aplicação de seus dispositivos. Isso não apenas facilita a atuação dos agentes do setor regulado e dos servidores da Agência, mas também reduz a margem para ambiguidades interpretativas.

Também foram criados fluxos operacionais adicionais para orientar a condução dos processos de mediação e arbitragem regulatória em cenários excepcionais, que incluem etapas para o exame preliminar de admissibilidade, análise técnica do conflito e condução das reuniões de mediação ou conciliação. 

 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Porto de Los Angeles começa o ano com grande volume de cargas importadas


O porto de Los Angeles, na Califórnia, começa 2025 movimentando um grande número de importações, resultado da pressa das empresas norte-americanas em descarregar as suas mercadorias antes da aplicação das tarifas prometidas pelo presidente eleito, Donald Trump, sobre produtos trazidos da China. Está em jogo, também, a incerteza causada por uma greve portuária iminente que ameaça os portos da Costa Leste e do Golfo dos EUA a partir de 15 de Janeiro.

Segundo a Bloomberg, durante esta semana de férias o Porto de Los Angeles irá movimentar cerca de 129 mil contêineres com carga de importação, o equivalente a um aumento de 73% face à mesma semana do ano anterior, segundo estimativas das últimas leituras do Wabtec Port Optimizer. Isto coroaria um ano forte, em que as importações se recuperaram de um declínio em 2023.

A economista da Investec, Ellie Henderson, disse que as perspectivas para 2025 estão cercadas de incerteza até que as políticas comerciais de Trump sejam efetivamente conhecidas. Abaixo estão algumas das grandes incógnitas para o comércio mundial em 2025, especialmente em relação a guerras comerciais:

Trump regressa ao poder em 20 de janeiro e passou as semanas que antecederam as eleições ameaçando o México, o Canadá, a China e a União Europeia com tarifas mais elevadas sobre as importações, a menos que os líderes tomem medidas específicas que vão desde políticas contra a imigração ilegal até à compra de mais produtos. do setor energético dos EUA.

Atolamento nos portos dos EUA: Os estivadores nos portos do Leste e da Costa do Golfo poderão paralisar as operações se não conseguirem chegar a um novo acordo com os seus empregadores antes do prazo final de 15 de Janeiro. A Associação Internacional dos Estivadores (ILA) já entrou em greve durante três dias no início de Outubro, causando perturbações imediatas, embora de curta duração. Trump interveio recentemente, apoiando os trabalhadores da ILA.

Agitação geopolítica: O Mar Vermelho foi palco de ataques marítimos Houthi ao longo de 2024, e espera-se que os navios continuem a desviar a rota em torno da África do Sul no próximo ano. Canal do Panamá: Trump tem como objetivo reafirmar o controle dos EUA sobre a hidrovia mais importante para a economia do país. O presidente do Panamá opôs-se às propostas do presidente eleito. Em ambos os casos o conflito geopolítico em vias navegáveis ​​vitais e as preocupações de Washington sobre o domínio da indústria marítima da China colocam mais incertezas para o comércio internacional.

Mas há notícias potencialmente boas no transporte marítimo que poderão compensar os custos mais elevados que as tarifas de Trump irão gerar. As companhias marítimas encomendaram novos navios em excesso, que entrarão em serviço em 2025, aliviando a pressão ascendente sobre as taxas de frete, que terminam este ano mais altas. E se os ataques no Mar Vermelho diminuírem e o tráfego voltar a fluir normalmente, “isso reduzirá instantaneamente o preço do transporte marítimo em dois terços, talvez mais”, disse Ryan Petersen, fundador e CEO da Flexport.

Antaq conquista o 1º lugar pelo 3º ano consecutivo no ranking de transparência da CGU

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) ficou em primeiro lugar no ranking de transparência ativa 2024 da Controladoria-Geral da União (CGU) pelo terceiro ano seguido. A Agência cumpriu 100% dos tópicos avaliados pelo guia, entre eles itens como “Ações e Programas”, “Dados Abertos”, “Receitas e Despesas”, “Licitações e Contratos” e “Serviço de informação ao Cidadão (SIC).

Esse ranking avalia 49 itens de transparência ativa elencados pela CGU a serem atendidos pelos 322 órgãos públicos, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, estados, Distrito Federal e municípios. 

As organizações que cumprem todos os itens, na avaliação da CGU, figuram em primeiro lugar no ranking. A informação está no Painel “Lei de Acesso à Informação”, disponível no site do órgão de controle.

Pedidos de LAI

Além de liderar o ranking de transparência ativa, a Autarquia também registrou 459 pedidos de informação (transparência passiva) apresentando uma taxa de 97,4% de resposta, 2,6% dos pedidos estão em andamento e não houve nenhuma omissão. A Agência apresentou média de 9,93 dias para responder às solicitações de acesso a informações.

Somadas às ações de transparência da ANTAQ (ativa e passiva), estão as ações de disponibilização de bases de dados dos Órgãos do Executivo Federal no portal de dados abertos. Esse conjunto de práticas visa garantir a transparência e a divulgação de dados do setor aquaviário para o público de interesse da ANTAQ, ou seja, usuários dos serviços, empresas reguladas, cidadãos e Governo.

 

APS assume a administração provisória do Porto de Itajaí

A Autoridade Portuária de Santos (APS), empresa responsável pela infraestrutura pública do Porto de Santos, assumiu nesta semana a administração do Porto de Itajaí (SC). A decisão é do Ministério de Portos e Aeroportos e terá validade de um ano (até o final de 2025).

“Reconhecemos a contribuição histórica dos colaboradores do Porto de Itajaí, dos trabalhadores portuários avulsos, da Guarda Portuária, dos operadores portuários locais e de toda a comunidade na construção do porto público e no desenvolvimento socioeconômico regional”, afirmou o presidente da APS, Anderson Pomini.

Segundo o executivo, “são notáveis as contribuições de toda a comunidade local na construção da boa imagem e senso de relevância do complexo. Assumimos com o compromisso de fortalecer o Porto, retomando sua competitividade e os bons resultados que já obtivera no passado”, afirmou.

Dentre os objetivos iniciais da APS em Itajaí estão a manutenção dos empregos, para garantir a prestação dos serviços; atendimento aos navios de cruzeiro, com objetivo de estimular a economia da cidade e da região, e a dragagem, essencial para acessos dos navios.

 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Teste de duplicação do Canal de Suez é realizado com sucesso com o trânsito de dois navios


A operação de teste de duplicação do Canal de Suez nos Little Bitter Lakes foi realizada com sucesso como parte do projeto de desenvolvimento do setor sul da via, transitando dois navios pela nova hidrovia após a conclusão das obras de dragagem, começando no km 122 até o km 132. O Almirante Ossama Rabiee, presidente e diretor Geral da Autoridade do Canal de Suez (SCA) afirmou ter testemunhado o trânsito dos graneleiros “Fu Xing Hai” e do “Suvari” pela nova hidrovia em direção ao sul.

 A passagem ocorreu em paralelo com o trânsito de quatro navios na faixa leste. Rabbie também mencionou que o SCA tomou inúmeras medidas para garantir o sucesso da operação experimental, desde a instalação de bóias e auxílios à navegação necessários na nova hidrovia, além da designação de dois rebocadores de escolta para segurança da navegação, além de um grupo de rebocadores do SCA pilotos mais qualificados para guiar as embarcações na nova hidrovia do projeto de duplicação.

Isto seguiu-se à inspeção do local do projeto e à conclusão de uma manobra de teste de trânsito seguro na Academia de Treinamento e Simulação Marítima. Rabiee afirmou ainda que o projecto de desenvolvimento do setor sul do Canal nas suas duas partes é considerado um grande salto qualitativo que contribuirá para melhorar a segurança da navegação do Canal e reduzir o impacto das correntes de água e vento nos navios em trânsito.

Além disso, ele destacou as diversas vantagens de navegação do projecto de duplicação, ao aumentar em 10 km a extensão da duplicação que será acrescentada ao Novo Canal de Suez, que passou a ser de 82 km em vez de 72 km. Isto aumentará a capacidade de alojamento do Canal de 6 para 8 navios adicionais por dia e melhorará a sua capacidade de gerir potenciais emergências.

O Almirante Rabiee também emitiu diretrizes sobre a coordenação conjunta entre o Departamento de Trânsito da SCA e o Departamento Hidrográfico da Marinha Egípcia (ENHD), a fim de emitir as novas cartas náuticas do Canal que incorporarão a nova porção duplicada de 10 km de extensão, começando no km 122 até o km. 132, na área de Pequenos Lagos Amargos. A efetiva operação do segmento de segunda via terá início imediatamente após a emissão das novas cartas.

Ministro diz que Porto de Itajaí voltará a ter protagonismo econômico em Santa Catarina

Com expectativa de forte crescimento na movimentação de carga ao longo dos próximos anos, o porto de Itajaí, que já, voltou a ser administrado pelo Governo Federal. Iniciado há cerca de 15 dias, o processo de transição para a retomada da gestão pela União foi concluído nesta semana. A partir de agora, o complexo, que já foi um dos principais portos do Brasil, reconhecido por ser o maior exportador de grãos do país, será conduzido pela Autoridade Portuária de Santos (APS). A decisão pela federalização do ativo de Itajaí foi tomada após um amplo debate com os agentes do setor.

O ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) destacou que o retorno da gestão à União vai garantir à ampliação das atividades no complexo, o que deve elevar a economia do estado e a melhoria da logística local. “Estamos realizando um trabalho conjunto com a sociedade e todo setor portuário, com objetivo de resgatar o que mais importa para gente: o desenvolvimento da cidade, a melhora na qualidade de vida dos moradores, a geração de novos postos de trabalhos, o aumento da renda e a continuidade das operações portuárias”, ressaltou.

Quando teve suas atividades paralisadas em 2022, quando a intenção do Governo Federal, na época, era pela sua privatização, o porto demitiu cerca de 2 mil funcionários. Parte dos trabalhadores retornaram aos postos de trabalhos no ano seguinte, quando o atual governo assinou um contrato provisório para retomada dos serviços; possibilitando, assim, a regularização do complexo, bem como a retorno do interesse econômico do porto catarinense.

“Agora estamos trabalhando para fortalecer a competitividade logística, facilitar a otimização de rotas e operações e melhorar a eficiência no atendimento ao mercado internacional, impulsionando o desenvolvimento econômico do país. Com a APS, vamos avançar no fortalecimento de Itajaí, para que o porto possa voltar a operar o que se viu em um passado recente, quando alcançou a segunda posição em movimentação de contêineres”, acrescentou.

O Ministério de Portos e Aeroportos tem ações direcionadas ao complexo, que foco na ampliação dos serviços e na modernização da infraestrutura.

Mesmo sendo administrado pela Autoridade Portuária de Santos, responsável pela gestão do maior complexo portuário da América Latina, é importante destacar que todos os valores destinados de tarifas e taxas relacionadas à movimentação do porto serão alocadas na cidade catarinense, uma vez que a APS é uma empresa pública do Governo Federal.