A
companhia pública Portos do Paraná iniciou a dragagem dos berços do cais
comercial e píer público de inflamáveis do Porto de Paranaguá. Com a obra, que
é de manutenção, a profundidade mantida nos berços é de 13,5 metros. Para o
berço interno do píer de inflamáveis, são 11 metros.
Os primeiros berços já começaram a
ser dragados na última quarta-feira (13). Os trabalhos começaram pelos dois
berços do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), o 217 e 218. Nesses, a
obra deve ser concluída até amanhã (15).
“No total, serão cerca de 150 mil
metros cúbicos de sedimentos retirados no cais comercial e parte interna do
píer de inflamáveis. A obra mantém o porto operacional, igualando as
profundidades dos berços aos acessos aquaviários”, explica Ricardo Delfim, oceanógrafo
da Diretoria de Engenharia da Portos do Paraná.
Concluídos os berços de movimentação
dos contêineres, os próximos a serem dragados serão os berços 204, 209, 211,
212, 213, 214 e o 141. Segundo diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz
Teixeira da Silva Junior, é preciso que os berços ofereçam segurança para que
os navios atraquem e os operadores possam movimentar as cargas.
“Essa equalização da profundidade dos
berços possibilita operacionalmente uma flexibilidade na atracação dos navios.
É fundamental para a atividade portuária manter a infraestrutura marítima”,
afirma Teixeira.
Segundo o diretor, a segurança e a
viabilidade do porto estão diretamente ligadas a essa manutenção. “É preciso
ter um porto operacional para economia do município e do Estado e, inclusive,
do país”, comenta. Outro benefício da dragagem, de acordo com Teixeira, é o
recolhimento do ISS que a prestação desse serviço para o município onde é
realizado.
A dragagem dos berços começa a ser
feita com a draga Elbe, holandesa. A embarcação tem capacidade de cisterna de
2.500 metros cúbicos e é auto transportadora (ou seja, os sedimentos são
dragados e carregados pela própria draga). Considerada de pequeno porte, a
draga é bem ágil nesse transporte.
Esta obra está inserida no programa de
manutenção continuada da profundidade dos Portos do Paraná, que prevê as obras
para os próximos cinco anos. O investimento público total para o programa será
de R$ 403 milhões, ao longo destes cinco anos.
A campanha começou no último mês de
agosto, com a dragagem do canal de acesso e da bacia de evolução do Porto de
Antonina (área Delta). Até o momento, foram retirados desta área, cerca de um
milhão de metros cúbicos.
Além das áreas do Porto de Antonina e dos
berços do Porto de Paranaguá, as atividades do programa de dragagem de
manutenção continuada também serão realizadas no canal de acesso e bacias de
evolução de Paranaguá (áreas Alfa, Bravo e Charlie).
O volume total de sedimentos a serem
retirados do fundo do mar, nos dois portos, será de quase 22 milhões de metros
cúbicos. O objetivo da dragagem de manutenção é manter a profundidade do canal,
evitando o assoreamento, garantindo o calado operacional dos navios e a
segurança da navegação pelos portos paranaenses.
A área de despejo dos sedimentos
dragados fica localizada a mais de 20 quilômetros da Ilha da Galheta e da Ilha
do Mel. Em média, devem ser realizadas duas viagens por dia, por equipamento.
O local de descarte, regulamentado
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA), foi definido após estudos de correntes e outros aspectos climáticos,
como a mais indicada para a dispersão do material dragado sem prejuízos
ambientais.
Durante as campanhas de dragagens de
manutenção - como determina o Plano de Controle Ambiental, aprovado pelo IBAMA,
são executados programas de comunicação, educação e monitoramentos ambientais.
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